Geral

Acessibilidade no dia a dia impulsiona inclusão e fortalece o consumo

Soluções simples ampliam autonomia e mostram que pensar em acessibilidade é também valorizar o potencial de consumo de diferentes públicos

Por Redação* 28/10/2025 15h03
Acessibilidade no dia a dia impulsiona inclusão e fortalece o consumo
Acessibilidade no dia a dia contribui para aumentar o consumo e vendas além de realizar a inclusão de diversos grupos de pessoas na sociedade - Foto: Assessoria

Quando se fala em acessibilidade, geralmente vêm à mente pessoas em cadeiras de rodas, com deficiência visual ou auditiva, ou idosos com necessidades específicas. No entanto, o conceito é muito mais amplo e está presente em situações cotidianas, muitas vezes de forma tão natural que passa despercebida.

Um exemplo simples são os sapatos sem cadarços, que facilitam o calçar e descalçar para pessoas com mobilidade reduzida, dificuldades motoras e até crianças em fase de aprendizado da autonomia.

As portas automáticas, comuns em comércios e prédios públicos, garantem passagem facilitada para quem usa cadeira de rodas ou carrega objetos pesados. Outro caso é o das frutas cortadas e embaladas em supermercados — além de praticidade, favorecem pessoas com limitações motoras e quem vive sozinho, evitando o desperdício.

Essas soluções não apenas promovem inclusão, mas também impulsionam o consumo e as vendas, ao ampliar o acesso de diferentes grupos de pessoas.

Para a arquiteta Renata Nobile, “a acessibilidade não ajuda apenas ao grupo de pessoas que apresentam alguma limitação física ou mental, alguma deficiência, além dos idosos. Com certeza, ela representa uma tendência mundial presente em todas as áreas de atuação”. Com mais de 10 anos de experiência em projetos arquitetônicos voltados à acessibilidade, Renata cita outros exemplos do cotidiano: legendas em vídeos e programas de TV, que tornam o conteúdo acessível a pessoas surdas ou com perda auditiva, além de úteis em locais onde o som não pode ser utilizado.

Ela destaca ainda que esse olhar deve ser constante: “a falta de atenção à acessibilidade em casa, no trabalho ou em projetos de engenharia pode gerar consequências desastrosas, como quedas e machucados”.

Avanços tecnológicos também têm ampliado o conceito de inclusão. Comandos por voz em celulares e assistentes virtuais, como a Alexa, possibilitam controlar dispositivos e sistemas domésticos com mais autonomia e praticidade.

Na área da beleza, marcas como a Rare Beauty, criada por Selena Gomez, e a brasileira Natura mostram que o design inclusivo pode ser funcional e estético ao mesmo tempo. A primeira pensou suas embalagens para pessoas com limitações motoras; a segunda, incorporou a leitura em Braille em parte de seus produtos.

Essas soluções refletem o conceito de desenho universal, que busca criar produtos, espaços e serviços acessíveis a todas as pessoas, independentemente da idade, condição ou capacidade física, sem necessidade de adaptação. Como conclui a arquiteta, a acessibilidade vai além das rampas e elevadores — está nas pequenas inovações que tornam o cotidiano mais prático, humano e inclusivo.

*Com informações da Assessoria