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MPF se reúne com representantes de grupos culturais afetados pela Braskem

Quadrilhas juninas e grupos de coco relataram conquistas e desafios após realocação das comunidades

Por Redação* 06/10/2025 13h01 - Atualizado em 06/10/2025 15h03
MPF se reúne com representantes de grupos culturais afetados pela Braskem
Encontro teve como objetivo dar continuidade ao acompanhamento das atividades desses coletivos - Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas promoveu, na última quarta-feira (1º), uma reunião com representantes de grupos culturais dos bairros impactados pelo afundamento do solo em Maceió. O encontro teve como objetivo dar continuidade ao acompanhamento das atividades desses coletivos, que buscam manter suas tradições mesmo após a realocação das comunidades.

Participaram integrantes das quadrilhas juninas Pé de Serra e Pisa na Fulô, além dos grupos de coco Reviver, Pau de Arara, Los Coquitos e do Instituto Ouro Preto.

Os representantes destacaram avanços significativos nos últimos anos, com maior participação em concursos e festividades locais. Betinho, do grupo Reviver e presidente da Liga dos Cocos, comentou sobre a superação vivida em 2024: “Todos os grupos chegaram muito longe e isso foi um legado gigantesco. Foi um ano de dar a volta por cima, mostrando um trabalho de excelência."

As procuradoras da República Júlia Cadete e Roberta Bomfim participaram da reunião, reforçando a importância de que as medidas de reparação garantam suporte cultural de forma efetiva e sustentável. “Conhecer de perto o trabalho desses grupos enriquece a vida profissional e pessoal. É um patrimônio que não se pode perder”, afirmaram.

Durante o encontro, também foram discutidas iniciativas de reparação cultural em andamento, como os projetos do Programa de Apoio Socioambiental (PAS) e os editais previstos para este ano pelo Comitê Gestor de Danos Extrapatrimoniais. 

Foi mencionada ainda a criação de espaços públicos multifuncionais para ensaios e apresentações, além da realização de oficinas e atividades culturais permanentes voltadas às necessidades dos grupos.

As procuradoras reforçaram a importância de consolidar o apoio: “O apoio cultural surgiu a partir da escuta direta da comunidade, que indicou que editais isolados não eram suficientes para manter vivas suas tradições. Saber que o formato empregado foi bem aceito e contribuiu para a retomada das atividades e fortalecimento dos grupos é essencial para garantir que a cultura continue sendo ferramenta de pertencimento e reconstrução para as vítimas do desastre”.

*Com informações da Assessoria