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Família de Cláudia Pollyanne processa membros de comissão que busca justiça

Grupo afirma que processo de R$ 100 mil busca intimidar mobilização por justiça

Por Redação 10/09/2025 10h10
Família de Cláudia Pollyanne processa membros de comissão que busca justiça
Cláudia Pollyanne Farias de Sant'Anna tinha 41 anos e deixou uma filha - Foto: Reprodução

A família de Cláudia Pollyanne ingressou com ação judicial contra os empresários Guilherme Carvalho Filho e Rodrigo Rodas, integrantes da Comissão de Amigos de Cláudia Pollyanne, pedindo indenização de R$ 100 mil. O grupo, que acompanha de perto as investigações, classificou a medida como tentativa de intimidação.

Segundo o advogado da comissão, Napoleão Lima Júnior, os membros têm comparecido ao Fórum, ao Ministério Público e ao CISP para cobrar a elucidação do assassinato e a responsabilização dos envolvidos. “Em nenhum momento a família procurou a comissão ou se mobilizou em relação ao crime contra Cláudia Pollyanne”, afirmou em nota.

Rodrigo Rodas é proprietário do Viva Alagoas e do Space Shopping, enquanto Guilherme Carvalho Filho atua no setor de comunicação e conhecia a vítima há cerca de 15 anos.

Em resposta ao processo, os integrantes da comissão disseram que continuarão atuando. “Não vão nos calar. Vamos pedir investigação de cada um, bem como a responsabilização direta ou indireta no assassinato de Cláudia Pollyanne. Doa a quem doer”, declarou o grupo.

O caso


A esteticista Cláudia Pollyanne morreu em 7 de agosto em uma comunidade terapêutica para dependentes químicos em Marechal Deodoro, em decorrência de insuficiência respiratória causada por agressões e intoxicação medicamentosa, segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML).

O exame apontou lesões em diferentes partes do corpo, em estágios variados, indicando episódios reiterados de violência. O laudo toxicológico registrou a presença de antidepressivos, antiepilépticos, antipsicóticos, benzodiazepínicos e anti-histamínicos, cuja combinação pode levar a coma, parada respiratória e morte.

A Polícia Civil também apura denúncias de maus-tratos contra outros internos, incluindo agressões físicas, sedação inadequada e restrição de contato com familiares. Os proprietários da instituição foram presos, e a clínica interditada. As investigações seguem em andamento.