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Serial Killer: Albino nega assassinato e questiona provas durante júri

O promotor lembrou da inconsistência nas versões de Albino, destacando que, em depoimento anterior, ele havia afirmado ter matado 20 pessoas

Por Redação* 31/07/2025 10h10
Serial Killer: Albino nega assassinato e questiona provas durante júri
Albino Santos de Lima, conhecido como o "Serial Killer de Maceió" - Foto: Ascom MPAL

No júri realizado na quinta-feira, 31, Albino Santos de Lima negou envolvimento na morte de Ana Clara Santos Lima. Ele disse não conhecer a vítima, assegurou que estava em sua residência no momento do crime e criticou a perícia balística, alegando que "nem tudo o que a perícia faz é a verdade".

O promotor lembrou da inconsistência nas versões de Albino, destacando que, em depoimento anterior, ele havia afirmado ter matado 20 pessoas. Questionado se mentiu em um dos depoimentos, Albino respondeu que não mentiu "nem lá nem cá". O júri foi interrompido devido à saída do advogado Geoberto Bernardo de Lima, que precisou comparecer a outra audiência.

Uma testemunha relatou que Ana Clara tentou se proteger ao entrar na casa de um vizinho, mas foi baleada na frente de seu filho, que na época tinha apenas quatro anos e ficou traumatizado. O crime aconteceu em agosto de 2024, no bairro Vergel do Lago.

Em seu depoimento, a mãe da vítima, Piedade Wilma, se emocionou e contou que a filha era quem a ajudava com o sustento da casa, vendendo café e bolo. Ela também relatou que sentiu algo errado no dia do crime e, ao chegar ao local, só conseguiu ver os pés da filha.

Embora Albino tenha confessado o homicídio anteriormente, a defesa pediu a sua impronúncia, alegando que ele sofre de problemas psicológicos e, portanto, não seria imputável. No entanto, a Justiça decidiu levá-lo a júri popular, acusando-o de homicídio triplamente qualificado: feminicídio, motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.

Albino foi identificado após uma investigação sobre um crime semelhante cometido contra outra jovem com características parecidas com as de Ana Clara. Ele já cumpre penas por outros crimes, incluindo 37 anos por matar um barbeiro e tentar matar outro homem, além de 24 anos pela morte de Louise Gbyson Vieira.

O júri é presidido pelo juiz Yulli Roter, no Fórum da Capital. Albino continua alegando que as provas apresentadas pela acusação são falhas, e que não há imagens ou testemunhas diretas que confirmem sua participação no crime. Além disso, questiona a precisão da perícia balística, que, segundo ele, não seria capaz de comprovar sua responsabilidade no homicídio.

*Com informações do Jornal Extra