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Museu de História Natural de AL é fechado por risco estrutural; ato cobra restauração do local
Ato no próximo sábado (17) cobra restauração urgente do prédio histórico, que abriga acervo com mais de 60 mil peças científicas e culturais

A Praça da Faculdade, no bairro do Prado, em Maceió, será palco, neste sábado (17), de um ato simbólico em defesa do Museu de História Natural da Universidade Federal de Alagoas (MHN/UFAL). O evento, organizado por ex-alunos do curso de biologia da Ufal, que funcionou no prédio até 2014, está marcado para as 10h e convoca a sociedade alagoana para um abraço coletivo ao museu. A ideia é chamar atenção e cobrar ao o poder público pela urgente restauração do espaço.
O museu está fechado devido à riscos estruturais. Ao Jornal de Alagoas, o diretor do MHN, Felipe Nascimento, informou que um laudo solicitado pela própria direção da instituição apontou falhas que levaram à interdição de algumas salas, incluindo os banheiros, o que motivou o pedido de fechamento à universidade.
“Fechamos para garantir a segurança do público até que as falhas sejam corrigidas. A reitoria e a Pró-reitoria de Extensão já foram comunicadas”, afirmou Nascimento.
Com cerca de 2.500 visitantes por ano, o fechamento impacta diretamente crianças e jovens da região metropolitana de Maceió. “Tivemos que cancelar visitas de escolas que seriam atendidas nos próximos meses”, disse o diretor.
O fechamento coincidiu com a semana em que o museu completou 35 anos. O diretor da unidade afirmou que trata-se de um ato espontaneo e que apoia a intervenção. “Apoiamos esse movimento espontâneo, é um reforço da sociedade frente à situação do museu”, concluiu Nascimento.
Atualmente, o museu reúne mais de 60 mil peças biológicas, geológicas e arqueológicas, compondo um dos mais importantes acervos científicos e culturais do estado. O edifício, construído em 1871, carrega em suas paredes parte essencial da memória de Alagoas. Já foi sede do 20º Batalhão de Caçadores e da primeira Faculdade de Medicina do estado, razão pela qual a Praça Afrânio Jorge ficou popularmente conhecida como “Praça da Faculdade”.
Tombado pelo Governo de Alagoas em 2010 (Decreto nº 8.843), o prédio abriga, desde 2016, o acervo do MHN/UFAL, criado em 1990.O fechamento do museu representa a interrupção de atividades essenciais à educação, à ciência e à preservação da memória alagoana. Exposições, projetos educativos e pesquisas científicas estão paralisados, privando a população de um espaço fundamental para a compreensão da biodiversidade, da geologia e da arqueologia regional.
“Não se trata apenas de um prédio antigo, mas de um patrimônio que conecta Alagoas à sua própria história e ao conhecimento científico. Salvar o Museu de História Natural é defender a educação, a cultura e a memória do nosso povo”, destacam os organizadores em documento enviado à imprensa.
Serviço
O que: Abraço simbólico ao Museu de História Natural da UFAL
Quando: Sábado, 17 de maio de 2025, às 10h
Onde: Praça da Faculdade (Prado), em frente ao MHN/UFAL
