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Mãe denuncia agressão a filho autista por coordenadora do Gigantinhos, em Maceió
A diretora chegou a pedir desculpas à mãe, mas foi demitida da unidade e moveu um processo contra a escola, que segue em andamento

Uma mãe denunciou que seu filho autista, de três anos, foi agredido por uma coordenadora da creche do programa Gigantinhos, da Prefeitura de Maceió. O caso, que aconteceu no CMEI professora Cleide Gomes cordeiro da Silva (Gigantinhos Ponta da Terra), teria ocorrido há cerca de nove meses, mas só veio à tona após uma ligação anônima informar a mãe sobre o ocorrido.
Segundo Ane Alves, mãe da criança, ao procurar a direção da creche, a agressão foi confirmada, mas a escola alegou que não informou a família por ordens superiores. Uma reunião foi marcada, na qual a mãe solicitou gravar a conversa, pedido que foi negado. Diante disso, exigiu a redação de uma ata para registrar o encontro. Na reunião, a direção afirmou que não comunicou o caso por envolver outras pessoas. “Eles pensaram nos adultos, não no meu filho que foi agredido”, declarou Ane, revoltada.
A mãe afirma que há imagens que comprovam a agressão e que uma funcionária da escola confirmou o episódio à família. A agressora pediu desculpas e foi demitida da unidade, mas moveu um processo contra a escola, que segue em andamento. O caso foi denunciado publicamente pela mãe nas redes sociais.
Este episódio destaca falhas graves na gestão e no cuidado com crianças atípicas no Programa Gigantinhos, evidenciando a necessidade urgente de medidas para garantir a segurança e o bem-estar dos alunos.
Outro caso de negligência
Em outro caso denunciado pelo Jornal de Alagoas há um ano, uma mãe relatou que seu filho autista, de cinco anos, foi encontrado com marcas de mordidas nas costas e no ombro após frequentar a creche por apenas uma semana também em uma unidade do Gigantinhos. Mais uma vez, a escola não informou a família sobre o ocorrido, e a mãe só descobriu as lesões ao dar banho na criança. Além disso, ela presenciou o filho subindo uma escada de madeira com degraus soltos, sem supervisão dos funcionários. A mãe afirmou que a escola não possui auxiliares de sala para acompanhar as crianças com necessidades especiais, o que compromete a segurança e o desenvolvimento dos alunos.
*Estagiário sob supervisão
