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Sobreviventes da tragédia na Serra da Barriga cobram indenização após cinco meses

Ônibus permanece no local sem perícia concluída; vítimas cobram responsabilidade civil e apoio às famílias

Por Redação* 17/04/2025 16h04
Sobreviventes da tragédia na Serra da Barriga cobram indenização após cinco meses
Tragédia na Serra da Barriga - Foto: Reprodução

Quase cinco meses após o acidente que resultou na morte de 20 pessoas na Serra da Barriga, em União dos Palmares (AL), os sobreviventes ainda aguardam indenização e assistência. A tragédia ocorreu em 24 de novembro de 2024, quando um ônibus com 48 passageiros despencou em uma ribanceira de mais de 400 metros de altura. De acordo com a defesa das vítimas, nenhuma medida concreta foi tomada até o momento para reparar os danos. 

O advogado Napoleão Júnior, que representa os sobreviventes, afirmou que o veículo continua no local do acidente, de difícil acesso, e ainda não passou por perícia. Segundo ele, o inquérito policial foi concluído, mas sem responsabilização penal. O relatório da investigação apontou falha mecânica como causa do acidente. 

''Em momento nenhum a prefeitura nos convocou ou chamou as famílias para tratar das indenizações devidas. Mesmo que se pague, o valor não é capaz de reparar o trauma sofrido. Mas faremos cumprir a lei'', disse o advogado. 

Napoleão também explicou que, apesar da ausência de responsabilização penal, há o entendimento de responsabilidade civil objetiva, ou seja, o dever de indenizar independentemente de culpa. O inquérito não indicou responsabilização criminal, já que o motorista do ônibus, Luciano de Queiroz Araújo, de 47 anos, morreu no acidente. A viúva do condutor relatou à época que ele havia identificado falhas no veículo no mesmo dia da tragédia. 

''A perícia foi inconclusiva, o que, segundo as autoridades, impede a atribuição de responsabilidade penal. Mas há responsabilidade civil clara. Além das mortes, há sobreviventes com lesões gravíssimas e sequelas irreversíveis'', concluiu o advogado. 

O acidente mobilizou forças de segurança, equipes médicas e voluntários em uma das maiores operações de resgate da região. Até hoje, as famílias das vítimas relatam dificuldades para seguir com tratamentos e sustento, e aguardam uma posição das autoridades quanto à reparação dos danos causados.

Com agências.