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Susto: sem explicações, Defesa Civil afirma não saber o que causou tremores em Maceió

Em nota, o órgão solicitou que moradores e pescadores não transitem na lagoa, afirmando que podem haver riscos

Por Redação 29/11/2023 05h05 - Atualizado em 29/11/2023 12h12
Susto: sem explicações, Defesa Civil afirma não saber o que causou tremores em Maceió
Defesa Civil de Maceió divulga nota sobre abalos sísmicos - Foto: Reprodução

A Defesa Civil divulgou uma nota, na noite desta terça-feira (28), sobre os abalos sísmicos que vem acontecendo na capital alagoana. Os tremores aconteceram entre a madrugada de segunda-feira (27), e a manhã da última terça-feira (28). A investigação começou a partir de relatos de moradores do Condomínio Morada das Árvores, localizado na Rua Professor José da Silveira Camerino, no bairro do Pinheiro.

Vale destacar que, no último dia 7, a Defesa Civil de Maceió confirmou a ocorrência de dois abalos sísmicos, de baixa magnitude, na região do Mutange. 

Os eventos sismológicos aconteceram segunda-feira (06), às 11h58 e às 13h44. A Defesa Civil explicou que as magnitudes de 1.15 e 1.38 são consideradas baixas, sem potencial de causar danos à superfície ou serem sentidas pela população, só sendo identificadas pelos equipamentos de monitoramento. 

"Devido a movimentação de solo, a região está suscetível a eventos sísmicos dessa natureza. O órgão atua no monitoramento 24h por dia, acionou seus protocolos e as operações próximas às áreas foram paralisadas preventivamente", disse o órgão, em nota. No dia seguinte, 8 de novembro, o Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas expediu ofício à Braskem, Defesa Civil de Maceió e à Agência Nacional de Mineração (ANM), cobrando esclarecimentos quanto aos tremores.

O órgão informou ainda que está monitorando as minas existentes na Lagoa Mundaú, nas proximidades da antiga sede do CSA, onde ocorreram os sismos, em áreas já desocupadas.

A nota, encaminhada na noite da última terça diz:

"A Defesa Civil informa que registrou a ocorrência de microssismos na área das minas que estão sendo preenchidas pela Braskem, desde a última semana. As causas estão sendo avaliadas e discutidas entre os técnicos, mas o órgão reforça que os mesmos não possuem magnitude para causarem danos nas regiões atingidas pelo afundamento do solo, bem como nas áreas adjacentes, ainda que sejam percebidos na superfície.

Os sismos foram detectados por aparelhos de alta tecnologia que registram movimentações milimétricas do solo. A Defesa Civil se mantém alerta e monitorando ininterruptamente toda a área afetada, afim de garantir segurança na ocorrência de qualquer eventualidade."

*Com Ascom Defesa Civil Maceió