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Sepultamento indigno: em Maceió, 80% dos mortos em 2023 foram enterrados de forma irregular

A informação é da Agência Tatu, que em apuração, afirmou que os falecidos na capital foram enterrados em covas rasas

Por Redação* 26/05/2023 16h04 - Atualizado em 26/05/2023 17h05
Sepultamento indigno: em Maceió, 80% dos mortos em 2023 foram enterrados de forma irregular
Superlotação nos cemitérios de Maceió gera preocupação em famílias - Foto: Agência Tatu

Em Maceió, neste ano, dos 1.065 falecidos até o momento, 861 foram enterrados de forma irregular diretamente na terra, nos oito cemitérios que são administrados e de responsabilidade da Prefeitura. O número é alarmante e preocupa diversas famílias da capital alagoana. 

A informação é da Agência Tatu, que apurou que 80% dos mortos na capital foram enterrados em covas rasas. 

Foto: Orlando Costa/Agência Tabu 

Em entrevista concedida para à Tatu, o coordenador geral de Gestão de Serviços Funerários de Maceió, Tarcísio Palmeira, disse que a expectativa era de que novas vagas surgissem devido aos sepultamentos ocorridos em 2020 por vítimas de covid-19. Porém, não aconteceu como esperado. 

"A gente tem que fazer uma prorrogação de mais um ano para ver como vai ficar. Porque essas pessoas que foram sepultadas por Covid continuam em processo de decomposição pois. A gente vai abrindo enquanto vai vencendo os casos”, disse o coordenador.  

Prefeitura conhecia o problema, diz a Agência


A iminência de um colapso nos cemitérios de Maceió é de conhecimento da prefeitura. Ex-coordenador geral de Gestão de Serviços Funerários (CGGSF) da capital, Chrystiano Lyra fez o alerta e chamou atenção para o caso do cemitério no bairro Bebedouro em memorando protocolado em 17 de fevereiro de 2023. 

O memorando relata a urgência na construção de um novo cemitério e ampliação do cemitério São Luiz, sob risco de colapso na rede funerária da capital. Doze dias após a data do documento, Lyra foi exonerado do cargo comissionado que ocupava.

Prefeitura responde 


Em nota, a Prefeitura de Maceió por meio da Coordenação de Serviços Funerários do Município informou que segue com trâmites administrativos para a construção de um novo cemitério e que a taxa de sepultamento é cobrada conforme a Lei n°6.685, de 18 de agosto de 2017.

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Com informações da Agência Tatu.