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Vítima de homofobia na Ponta Verde pulou em lagoa para fugir de agressores, denuncia OAB/AL

Pessoa não-binária foi agredida fisicamente na Orla de Maceió

Por Redação* 08/11/2022 17h05
Vítima de homofobia na Ponta Verde pulou em lagoa para fugir de agressores, denuncia OAB/AL
Vítima precisou entrar na Lagoa da Anta para fugir da violência - Foto: Reprodução

A Comissão de Diversidade Sexual e de Gênero da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) recebeu mais uma denúncia de homofobia praticada na orla de Maceió. Desta vez, a vítima foi uma pessoa não-binária, que foi agredida fisicamente e precisou fugir para conseguir escapar dos seus agressores.

De acordo com o presidente da comissão, Marcus Vasconcelos, a pessoa vítima da homofobia é artista e estava no bairro de Ponta Verde, quando tentou comprar cerveja e foi ignorada por um ambulante. Ao pedir novamente, ouviu do vendedor que ele não iria entregar a bebida. Em seguida, começaram as agressões.

Diante da situação, outras pessoas que estavam no local se juntaram ao ambulante para desferir xingamentos contra a vítima, até que começaram as agressões físicas. A pessoa levou vários chutes e precisou correr até o bairro da Jatiúca, onde mergulhou dentro da Lagoa da Anta, para fugir da violência.

A pessoa ficou com hematomas pelo corpo e procurou a Comissão de Diversidade Sexual e Gênero da OAB/AL e o Instituto do Negro de Alagoas (INEG/AL), que a acompanharam até a Delegacia de Vulneráveis, onde foi feito o boletim de ocorrência.

Nesta terça-feira (8), a vítima de homofobia participou de uma reunião de acolhimento na OAB/AL, onde foi informada de seus direitos. A pessoa vai contar com todo o apoio da comissão, que continuará acompanhando o caso.

“A vítima relatou a homofobia justamente pelas ofensas terem sido proferidas com uma conotação excepcionalmente homofóbica. O que choca, acima de tudo, é que por estar usando uma bolsa feminina, a vítima foi acusada de ter roubado a bolsa de uma senhora, que sequer estava presente. Não podemos compactuar com esse tipo de leitura jamais, principalmente aliar isso para violentar a honra de pessoas LGBTIA+”, conclui Marcus Vasconcelos.

*Com assessoria