Geral
Sikêra Jr. pratica transfobia ao comentar caso de influencer expulsa de banheiro
Atitude criminosa foi feita através de suas redes sociais
Após uma influencer alagoana denunciar ter sido vítima de transfobia no evento Miss Mister Alagoas, realizado no último domingo (28) em Arapiraca, o jornalista alagoano Sikêra Jr. utilizou sua conta pessoal para deixar um comentário transfóbico em um portal que veiculou a notícia.
Em seu comentário, Sikêra diz que "Se tem pinto, é menino", seguido de um emoji de palminhas, indicando concordar com a atitude transfóbica do estabelecimento que expulsou a influencer do banheiro feminino.
A postagem do jornalista, além de ser uma atitude criminosa, instigou a transfobia de outros internautas, que o endossaram com respostas como "verdade!" e "positivo".
Sikêra Jr. é um fiel apoiador do presidente Bolsonaro, que já teve condutas homofóbicas e transfóbicas, o comentário também ganhou cunho político, com internautas publicando "Bolsonaro 22", em referência ao número do partido do presidente.
O caso
Uma mulher transexual identificada como Rebecca denunciou ter sido vítima de transfobia durante o evento Miss Mister Alagoas, realizado no último domingo (28), em Arapiraca, no agreste de Alagoas. De acordo com o relato da vítima, em suas redes sociais, ela foi expulsa duas vezes do banheiro feminino do espaço para festas onde estava sendo realizado o concurso.
"Nunca imaginei ser tão humilhada e diminuída em um local que dissemina a diversidade e pluralidade, mas que na verdade entrega ódio e preconceito", declarou.
"Já é a segunda vez. Eu sou mulher, não tem condições de entrar no banheiro masculino. Não tem condições", reclamou a vítima enquanto uma outra mulher supostamente impedia a entrada de Rebecca no banheiro feminino.
Crime
A criminalização da transfobia foi permitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em decisão no mês de junho de 2019. A decisão determina que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais passariam a ser enquadrados no crime de racismo, sendo previstos como crimes:
"praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito" em razão da orientação sexual da pessoa;
a pena será de um a três anos, além de multa; se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como publicação em rede social, a pena será de dois a cinco anos, além de multa;