Geral

Moradores dos Flexais bloqueiam via em protesto reivindicando realocação

Ato se iniciou na rua Tobias Barreto e seguiu em direção à avenida Oswaldo Cruz

Por Redação* 15/08/2022 17h05 - Atualizado em 15/08/2022 18h06
Moradores dos Flexais bloqueiam via em protesto reivindicando realocação
Manifestantes bloquearam a via com galhos e pneus queimados - Foto: Edilson Omena

Na tarde desta segunda-feira (15), moradores dos Flexais se reuniram para discutir os "acordos" que seriam feitos com a Prefeitura de Maceió. A discussão sobre a realocação da comunidade deveria acontecer no próprio bairro, no entanto, a reunião foi mudada para a sede da Defesa Civil sem aviso prévio, o que deu início ao protesto que se iniciou na rua Tobias Barreto e seguiu em direção à avenida Oswaldo Cruz.

De acordo com as lideranças, os moradores não aceitaram sair para outro local, pois o combinado era que o encontro acontecesse dentro da comunidade.

“Na última reunião na Prefeitura, com a presença do prefeito, ficou combinado que iríamos realizar uma reunião na comunidade, dentro do território, para discutirmos a situação dos Flexais, frente a proposta de acordo que o Ministério Público Federal apresentou juntamente com a Defensoria Pública da União em Alagoas (DPU/AL) e o Ministério Público Estadual. Essa reunião foi agendada para acontecer hoje, segunda-feira, as 15hrs, na comunidade. Quando foi ontem a reunião foi desmarcada. Transferiram a reunião para o CAT, tirando de dentro do território para uma área afastada, então a comunidade decidiu manter a reunião”, disse Mauricio Sarmento, líder comunitário.

Ainda segundo Maurício, na manhã de hoje foi oficializado via ofício na sede da prefeitura que os moradores não iriam se deslocar para outro espaço, mas apesar disso, a mesma não deu respostas.

"Fica inviável para os moradores se deslocarem. A reunião aqui é mais cômodo, pois a maior parte poderia participar e falar sobre os seus problemas", explicou.

O drama é recorrente e, mais uma vez, residentes do local pedem a realocação dos moradores, que após a saída dos moradores do bairro de Bebedouro, se viram em meio a um ilhamento socioeconômico, sem comércio, escolas ou postos de saúde na região.

Os manifestantes afirmam que de forma direta ou indireta o afundamento do solo prejudicou a rotina do local.

Integrantes do protesto se encontram no local com faixas que informam suas reivindicações, além de estarem queimando pneus velhos, galhos de árvores. Segundo eles, a via só será liberada quando o prefeito JHC ou algum representante da Prefeitura for ao local.

Além disso, os moradores afirmam que, após as fortes chuvas que atingiram o município no último mês, o bairro ficou alagado e diversas pessoas perderam móveis, mas não houve nenhum tipo de cadastro para ajuda social da Prefeitura na região.

Em nota, a Defesa Civil afirma que a reunião acontecerá no CAT (Centro de Acolhimento e Triagem), no entanto, a liderança afirma que maior parte dos moradores não irão comparecer. Representantes do órgão estiveram no local para tentar convencer moradores a participarem da reunião.

*Com informações do Tribuna Hoje