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Governador de São Paulo informa sobre a prisão do procurador que agrediu colega

O procurador foi gravado agredindo a colega Gabriela Samadello Monteiro de Barros no município de Registro, no interior paulista

Por Redação 23/06/2022 14h02 - Atualizado em 23/06/2022 15h03
Governador de São Paulo informa sobre a prisão do procurador que agrediu colega
Procurador que agrediu colega é preso em SP, afirma governador Demétrius foi preso em hospital psiquiátrico em São Paulo - Foto: Foto: Arquivo Pessoal; Polícia Civil

Por meio das redes sociais, o governador do estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), informou em seu Twitter que o procurador Demétrius Oliveira de Macedo foi preso nesta quinta (23). Desde a última quarta(22), já tinham decretado a prisão preventiva do procurador. O suspeito trabalhava com a vítima na prefeitura de Registro (SP), desde 2013.

"Eu tinha medo [dele], mas não imaginava uma violência física. Eu imaginava que fosse um bate-boca, mas não uma agressão", afirmou Gabriela em entrevista à TV Globo, exibida hoje. "Foi exposta a minha dignidade, né, como mulher. Fui desrespeitada como servidora pública, foi um desrespeito global da minha personalidade".

Ainda com marcas da agressão no rosto, ela explicou que Demétrius se enfureceu depois que ela foi listada como membro de uma comissão que investigaria uma conduta inadequada dele contra outra colega.

"Ele tinha um comportamento totalmente antissocial, não falava com ninguém, não cumprimentava, não tinha um mínimo de urbanidade. Já havia brigado e hostilizado outras funcionárias e me expulsado da sala dele", detalhou a procuradora em entrevista ao jornal carioca O Globo.

Em entrevista à CNN na manhã desta quinta-feira (23), enquanto o agressor ainda estava foragido, a procuradora Gabriela Samadello comentou que apenas a prisão traria alguma tranquilidade após o episódio de violência. Samadello, porém, reforça que o entendimento da justiça sobre a gravidade do caso é fundamental.

“Caso não se entenda que ele tentou de fato me matar — que eu acho que foi o que de fato aconteceu — ele pode ser solto e eu vou continuar com medo. Eu entendo que penas restritivas de direito, penas de multa… penalidades alternativas à prisão são para pessoas que têm condições de viver em sociedade”, comentou a procuradora.Ainda de acordo com Samadello, este não foi o primeiro comportamento violento do colega.

“A gente já tinha medo dele há algum tempo. A convivência era muito ruim, complicada. Só que ninguém imaginava que ele fosse capaz de tentar me matar ali”, disse.

*Com informações da CNN Brasil