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Estudantes emitem notas de repúdio por aulas presenciais em meio à situação de emergência

A expressão é de indignação pois estão sendo impostos a realizarem provas e trabalhos presenciais diante do momento

Por Ruan Teixeira 06/06/2022 15h03 - Atualizado em 07/06/2022 14h02
Estudantes emitem notas de repúdio por aulas presenciais em meio à situação de emergência
Estudantes consideram total desrespeito de algumas faculdades. - Foto: Divulgação/Freepik

Por meio de notas, estudantes repudiam e expressam indignação em razão das faculdades que, mediante o momento de emergência que vive o estado alagoano devido às fortes chuvas, estão exigindo provas e trabalhos em formato presencial.

Diversos alunos não estão conseguindo se deslocarem e chegarem às respectivas instituições de ensino, principalmente os que moram no interior e mesmo sabendo disso algumas faculdades particulares de Maceió mantiveram as atividades e provas presenciais.

"Ressalto minha indignação e insatisfação com a faculdade Seune. Principalmente por todos os colegas que se encontram em situação de vulnerabilidade, e que residem no interior do estado, que estão impossibilitados de chegar até a faculdade, por conta das fortes chuvas", desabafa Kerem Dantas, estudante de Direito do 9°período.

Docentes da Seune relataram outra insatisfação, que é o desativamento de comentários no Instagram, ou seja, estão sendo impedidos de expressarem suas opiniões nas redes sociais da instituição. A faculdade emitiu no comunicado que os alunos do interior, que foram atingidos de forma tensa pelas chuvas, serão permitidos a realizarem as provas presenciais, via requerimento, sem custo, só que para isso devem realizar uma solicitação por email.

A estudante de Direito do 9° período da Uninassau, Amanda Vieira, também desabafou: "Como aluna, me senti totalmente desvalorizada pelo fato da faculdade impor, mesmo em meio à essa situação de calamidade, atividades presenciais. Testifico que foram realizadas várias tentativas de acordo com a coordenação para que as atividades seguissem no modelo remoto, mas sem êxito. Foi necessário que alguns alunos demonstrassem a indignação por meio de uma nota de repúdio divulgada individualmente nas redes sócias, para que o reitor nos desse um retorno, a medida abordada foi a seguinte: Os alunos que não puderem locomover-se até a faculdade poderão fazer a segunda chamada (prova substitutiva) sem custos adicionais", destaca.

"Ocorre que, a prova substitutiva é diferente da prova normal, podendo até mesmo ter o seu grau de dificuldade elevado, onde devido a isso muitos alunos se sentiram obrigados a encarar a situação de risco para não perder as avaliações. Lave-se em consideração que muitos alunos moram no interior e a situação nas estradas é de extremo risco, a faculdade alegou ainda que não tinha autorização para a liberação de provas remotas, porém sequer mencionou a possibilidade de adiá-las ou buscar uma outra alternativa conveniente para o coletivo. Revoltante", explicou Amanda.

O ensino e aplicação de atividades remotas foi uma das opções ditas pelos alunos a serem atribuídas diante da situação vivenciada, pois foi uma das alternativas também durante a pandemia, que contribuiu e combateu prejuízos como deslocamento e aglomerações.