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Descarte irregular de resíduos é origem para diversos problemas em Maceió
Além de prejudicar o meio ambiente, hábito causa transtornos para a população durante período chuvoso
Móveis inservíveis, pneus, restos de podas de árvores, lixo doméstico e resíduos da construção civil. Todos esses itens são facilmente descartados de forma irregular pela população e encontrados em praças, vias públicas, terrenos e demais locais a céu aberto. Com isso, uma série de problemas para a cidade e prejuízos ao meio ambiente surgem, principalmente, durante o período chuvoso.
A prática incorreta ocasiona sérios problemas na cidade. Em 2021, a Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) recolheu mais de 220 mil toneladas de lixo em pontos crônicos de descarte irregular, ultrapassando R$ 29 milhões que foram utilizados para reverter uma situação que nem deveria existir.
O valor desembolsado pela Prefeitura de Maceió para manter esses pontos limpos poderia ser investido no aperfeiçoamento da limpeza urbana da capital. Somente para exemplificar, com a quantia, a Sudes conseguiria criar, aproximadamente, mais 104 Ecopontos, que são equipamentos responsáveis por receber os resíduos mais encontrados nos pontos de lixo.
O superintendente da Sudes, Ronaldo Farias, explica que o descarte irregular de resíduos pode provocar problemas para as próprias pessoas que adotam esta postura.
"Principalmente no período das chuvas, uma grande quantidade de resíduos é arrastado para bueiros e galerias. Isso pode provocar o entupimento desses equipamentos, com prejuízos imediatos para a população da localidade. Por isso, é essencial que as pessoas se conscientizem da necessidade do descarte adequado do seu resíduo”, afirma.
A falta de consciência ambiental da população alimenta os mais de 200 pontos crônicos de descarte irregular mapeados pela Sudes, de onde já foram retirados, somente em janeiro deste ano, mais de 35 mil toneladas de resíduos.
A diretora de planejamento e serviços especiais da Sudes e engenheira ambiental, Kedyna Tavares, explica que o despejo inadequado ainda é prejudicial à saúde do cidadão.
"Os danos dessa prática são incontáveis, alguns dos principais são a contaminação do solo, a poluição do ar, a proliferação de animais peçonhentos e, com isso, os riscos à saúde pública".
Pontos de descarte
Para evitar a prática, a Prefeitura de Maceió oferta diversos equipamentos, como os 32 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), espalhados pelas principais praças e ruas da cidade, que servem para reunir os recicláveis descartados pela população.
Em Maceió existem cinco Ecopontos construídos em bairros estratégicos para receber restos de poda de árvore, materiais inservíveis e resíduos da construção civil (até 1m³/gerador).


