Geral
Parceria entre Embrapa e municípios realiza restauração e preservação da Caatinga em Alagoas
Ações abordam municípios do sertão de AL e também abrange outros estados, como Sergipe
O projeto Lagos do São Francisco, uma parceria da Embrapa Semiárido, Chesf, BNDES e prefeituras municipais, vem promovendo ações nos estados de Alagoas e Sergipe para a recuperação da Caatinga e preservação de nascentes. As atividades estão sendo realizadas em áreas de produtores, por meio da implantação de Campus de Aprendizagem Tecnológica (CATs) voltados à preservação ambiental.
O coordenador das atividades, o pesquisador da Embrapa Semiárido Iêdo Bezerra Sá, explica que o objetivo é promover a recuperação de áreas degradadas e o repovoamento da Caatinga com espécies nativas. Para isso, vem realizando um trabalho de análise das propriedades e seleção de plantas mais adequadas para o reflorestamento, respeitando as características do ambiente. “A ideia é imitar a natureza, plantando espécies arbóreas que já existiam no local”, completa Iêdo.
Duas propriedades no município de Delmiro Gouveia, estado do Alagoas, já estão tendo a sua biodiversidade restaurada com o plantio de mudas arbóreas da Caatinga como o umbuzeiro, Baraúna, Imburana de Cambão, Angico, Catingueira e Quixabeira. O trabalho é realizado de forma conjunta, em que os produtores têm participação ativa na seleção das espécies que serão inseridas nas áreas selecionadas.
Com a ajuda de técnicos da prefeitura, é feita a preparação das mudas, o plantio e manutenção. A Embrapa realiza treinamentos, disponibiliza as mudas e também faz o acompanhamento de todo o processo, incluindo o momento dos plantios, análise do solo e espaçamento, para que não haja competição de água e nutrientes entre as plantas.
Sobre o Projeto
O projeto ‘Ações de Desenvolvimento para Produtores Agropecuários e Estudantes dos Lagos do São Francisco’, é fruto da cooperação entre a Embrapa Semiárido, Chesf e o BNDES, com parceria de instituições públicas e organizações da sociedade civil.
As primeiras atividades do projeto foram iniciadas em 2019, com estimativa de beneficiar, até 2022, agricultores familiares de comunidades situadas no entorno de barragens e usinas hidrelétricas do Rio São Francisco, em 12 municípios nos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe. O esperado é que as cidades atendidas ganhem um incremento nas suas rotinas produtivas a partir do uso das potencialidades dos lagos e da inserção de novas atividades econômicas na agropecuária.
As ações previstas envolvem a instalação de diversos Campus de Aprendizagem Tecnológica (CATs), englobando a produção de mel, frutas, hortaliças e culturas alimentares, criação animal, além da preservação e recuperação da mata ciliar nessas regiões.

