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Antiga âncora de pedra é encontrada no fundo do Rio São Francisco, em Alagoas

Descoberta foi feita durante a 4ª Expedição Científica do Rio São Francisco

Por Redação com G1 Alagoas 07/11/2021 16h04
Antiga âncora de pedra é encontrada no fundo do Rio São Francisco, em Alagoas
Artefato foi encontrado em trecho de Traipu - Foto: Reprodução

Na última quarta-feira (3) uma âncora de pedra foi encontrada no fundo do Rio São Francisco, em um trecho na cidade de Traipu. A descoberta foi feita durante a 4ª Expedição Científica do Rio São Francisco, que reúne pesquisadores que estão navegando pelo leito do rio ao longo de nove cidades ribeirinhas. Objetivo é descobrir se o antigo objeto é do século passado ou até mesmo pré-histórico.

O professor Gilson Rambelle, do Núcleo de Arqueologia Subaquática, explica que a âncora de pedra é um artefato que nunca foi registrado na região, e pode estar presente numa escala temporal que pode ser do início do século XX ou de um material pré-histórico.

"Nós podemos estar diante de um artefato que era usado pelos canoeiros que usavam o Upará (antigo nome do Rio São Francisco) para navegar”, comentou.

Objetivo agora é descobrir se o objeto é do século passado ou mais antigo




Rambelle explicou também que o material foi documentado e o registro da localização foi feito, mas ele não foi retirado do rio. Próximo passo será tentar entender o contexto em que o artefato se encontra: “agora nós vamos ter que entender todo o contexto porque só o objeto por si só fica sem a importância de contar a história através dele”.

A expedição conta com 66 pesquisadores em duas embarcações, seguindo pelo leito do rio ao para averiguar as condições da água, além de realizar pesquisas na região e levar assistência para as comunidades.

Durante a expedição, diversos sítios arqueológicos no rio estão sendo visitados, inclusive os já conhecidos pelos pesquisadores, pois segundo Rambelle, o efeito de sobe e desce do nível do rio interfere na conservação desses sítios.

Além da descoberta da âncora, o pesquisador aponta que a expedição encontrou problemas no rio, como o assoreamento e muitos dejetos de lixo. “Tem trechos que o rio está maravilhoso e outros que está muito triste. A importância dessa expedição é chamar a atenção para todos os aspectos”, finalizou.