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Manguezal localizado em Maceió começa a ser encoberto após aumento nos níveis de água
Tudo indica que o propulsor de tal desastre seja a extração do sal-gema que atinge 5 bairros da capital

Mangue situado às margens da Lagoa Mundaú, em Maceió, está afundando e tudo indica que o propulsor de tal desastre seja a extração do sal-gema que atinge 5 bairros da capital.
Segundo o Instituto do Meio Ambiente (IMA), a área corresponde a 14 hectares de mangue, cerca de 4 quilômetros de mangue.
De acordo com o coordenador de Gerenciamento Costeiro do IMA, Ricardo César "já perdemos 1,73% do manguezal aqui da costa lagunar em função deste afundamento de solo".
Por causa desse processo muitas vidas estão em risco, pois algumas espécies de peixes, crustáceos e moluscos da lagoa, que são fonte de renda e alimento para milhares de famílias começam a desaparecer. Centenas de moradores já se mudaram da região, por causa do avanço das águas.
Na lagoa, foram instaladas boias para delimitar as áreas seguras de passagem. Até o outro lado onde está a floresta de mangue, não se pode navegar, por causa do afundamento da margem da lagoa.
Segundo relatos de reesposáveis pela Braskem, o acordo firmado com os Ministérios Públicos Federal e Estadual previu a nomeação de uma empresa para realizar estudos sobre possíveis impactos ambientais, inclusive na Lagoa Mundaú e seu entorno. E com o resultado desse estudo, serão feitos estudos para um plano integrado de ações na região. Pelo o que comentam, a área de mangue alagada representa menos de 2% da área total de mangue avaliada no estudo, e que essa área será recomposta.
