Geral

Ocupação de leitos de UTI destinados ao Covid-19 em Alagoas é uma das menores do país

Dados são do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz

Por Redação com Portal Fiocruz 09/09/2021 12h12
Ocupação de leitos de UTI destinados ao Covid-19 em Alagoas é uma das menores do país
Leitos de UTI em Alagoas - Foto: Daniel Ramos

A edição extraordinária do Boletim Observatório Covid-19 Fiocruz publicada nessa quarta-feira (8) revela que o cenário de melhora nas taxas de ocupação de leitos de UTI para adultos no SUS persiste, com mais de 90% das unidades da Federação e 85% das capitais estando fora da zona de alerta, ou seja, estão com taxas abaixo de 60%. Roraima (82%) é o único estado na zona crítica, com índice superior a 80%, mas encontra-se em situação particular de poucos leitos disponíveis. Já o Rio de Janeiro apresentou queda no indicador de 72% para 66%, o que agora o coloca na zona de alerta intermediário.

O estado de Alagoas também desce gradualmente, atingindo agora a taxa de 14%, uma das menores do Brasil. No último boletim divulgado pela Sesau, foram registrados 41 novos casos de Covid-19 e 5 óbitos em todo o estado. Se tratando dos leitos exclusivos para o tratamento da doença, apenas 113 estão ocupados em Alagoas, sendo 53 desses leitos da UTI, 4 da UTI intermediária e 56 em leitos clínicos.

De acordo com os pesquisadores do Observatório, esse dado nacional é um reflexo da tendência geral de diminuição da incidência de casos graves, internações e mortes por Covid-19. 

A redução simultânea e proporcional desses indicadores demonstra que a campanha de vacinação está atingindo o objetivo de proteger a população do impacto da doença. No entanto, o ainda alto índice de positividade dos testes e a elevada taxa de letalidade da doença (atualmente em 3%) revela que a transmissão do vírus é intensa e diversos casos assintomáticos ou não confirmados podem estar ocorrendo, sem registro nos sistemas de informação”, ressaltam.

O texto ainda reforça que é necessário a interrupção de cadeias de transmissão por meio do avanço das campanhas de imunização. Esse objetivo, porém, só será alcançado com a ampliação da cobertura vacinal até novos grupos — como é o caso de adolescentes entre 12 e 17 anos — e da dose de reforço para idosos, portadores de doenças crônicas e imunossuprimidos.

É preciso que seja concluído, o mais brevemente possível, o esquema vacinal de todos os adultos acima de 18 anos. A imunização de crianças e adolescentes (acima de 12 anos) também precisa ser iniciada e os gestores devem considerar em seu planejamento o estabelecido na Nota Técnica Nº 36/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS quanto à ordem de prioridades”, ressaltam os cientistas. 

Segundo dados compilados pelo MonitoraCovid-19, considerando a população adulta do país, 85% foi imunizada com a primeira dose e 42% com o esquema de vacinação completo.