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Ufal explica possíveis consequências da perda de dados do CNPq

Autoridades da universidade comentaram sobre "apagão" nos servidores da plataforma CNPq

Por Redação com 7 Segundos 28/07/2021 17h05
Ufal explica possíveis consequências da perda de dados do CNPq
Perda de dados pode significar um retrocesso significativo para o cenário científico brasileiro - Foto: Reprodução

Após um uma queda nos servidores da plataforma do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, usuários estão com dificuldades para acessar pesquisar e seus currículos lattes. Apesar disso, plataforma informou, em nota, nesta terça-feira (27), já ter identificado o problema em seu sistema e garantiu não ter perdido nenhum dado.

Em busca de tentar compreender o impacto ocasionado por uma possível perda desses dados pela maior plataforma de pesquisa nacional, a imprensa de Maceió entrou em contato com a Coordenadora de Pesquisa da Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação (Propep) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Magna Suzana.

Questionada sobre uma possível perda de dados dos pesquisadores da Ufal, a gestora afirmou não ser possível ainda mensurar os danos causados por essa instabilidade no sistema da CNPq

Segundo a nota divulgada, nenhum dado foi perdido, o CNPq já está recuperando todos os dados, segundo o que foi dito, nenhum pesquisador perdeu nenhum dado. Tudo foi mantido, eles só estão se recuperando, então até agora nós não sabemos se isso de fato é verdade, porque o site ainda está fora do ar, então nós só saberemos se de fato nós perdemos alguma coisa se o site voltar”, explicou.

Contudo, em um cenário onde os dados de fato fossem perdidos, a coordenadora explicou que os impactos estariam relacionados a uma necessidade de resgatar todas as pesquisas feitas durante todos os anos de carreira.

Existe um sistema nacional que consolida toda a produção científica do pesquisador, que é essa plataforma lattes e CNPq, então perder essas informações significa que o pesquisador, em algum momento, teria que refazer tudo novamente e se ele não tiver um backup, se não tiver uma cópia disso, ele não tem nem como fazer isso, porque são trabalhos de anos”, disse.

Conforme comentou Manga, este apagamento dos dados não só significaria em um trabalho extra para conseguir comprovar suas produções, seria também, uma perda da sua identidade enquanto pesquisadora.

Em termos técnicos eu não ter essa informação no currículo lattes, significa eu perder a minha identidade. Significaria dizer por exemplo que o CNPq perderia essa minha história, eu perderia a minha história perante o órgão de pesquisa máxima no Brasil”, afirmou.

Apesar disso, estão disponíveis outras plataformas para o cadastro da trajetória profissional dos pesquisadores no Brasil e este ano, por coincidência, a Ufal criou o sistema SIGAA, que funciona como uma espécie de backup dessas produções acadêmicas produzidas pelos pesquisadores.