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Renan Filho critica fala de Bolsonaro sobre suspensão do uso de máscaras

Presidente diz que vai desobrigar uso para quem se vacinou ou já pegou Covid

Por Redação com 7 Segundos 11/06/2021 16h04 - Atualizado em 12/06/2021 03h03
Renan Filho critica fala de Bolsonaro sobre suspensão do uso de máscaras
Renan Filho durante coletiva de imprensa - Foto: Márcio Ferreira

Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (11), o governador Renan Filho (MDB) criticou as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a suspensão do uso de máscaras por quem estiver vacinado contra a Covid-19 ou por quem já tiver contraído a doença.

"Mais uma declaração negacionista e ainda foi muito desrespeitosa com o ministro que parece que, para além de todas as dificuldades pessoais que ele próprio tem de ter pego um trabalho que tava muito mal feito pelo ministro anterior, ainda tem várias atitudes desrespeitosas do próprio presidente da República, que o chamou numa solenidade ontem de um 'tal de Queiroga'", disse o governador.

"Imagine se eu me referisse ao secretário Alexandre como um 'tal de Alexandre'. Isso é desrespeitoso. Governar é liderar equipe, governar é integrar equipe, é você colocar todo mundo vibrando na mesma frequência. É ter certeza que estamos todos no mesmo barco, se não fica uma coisa do 'salve-se quem puder' e no 'salve-se quem puder' perde o povo brasileiro", complementou o chefe do Executivo estadual.

Renan Filho defendeu o uso de máscara por toda a população. "Máscara tem que ser usada porque protege quem usa e protege a outra pessoa também. Não é máscara para quem tá infectado, é máscara para que a pessoa não se infecte. A máscara é medida não-farmacológica preventiva. Quem tem que usar máscara é quem tá na rua, é quem não quer pegar a doença, é quem não quer que o outro pegue a doença. Eu penso muito diferente do presidente", disse.

Um dia após afirmar ter solicitado um parecer ao Ministério da Saúde para desobrigar o uso de máscaras no País, o presidente Jair Bolsonaro ajustou o discurso e disse que quem decidirá sobre a questão serão prefeitos e governadores. Ao deixar o Palácio da Alvorada, nesta sexta-feira (11), o presidente afirmou que o pedido feito ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, é para que elabore um estudo sobre a possibilidade de pessoas vacinadas ou já infectadas dispensarem a proteção.