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MP-AL denuncia 20 investigados na Operação Gambito da Rainha
Mais de R$ 60 milhões foram desviados dos cofres públicos por lavagem de bens

O Grupo de Atuação Especial no Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf) do Ministério Público de Alagoas (MP-AL) denunciou 20 pessoas investigadas na Operação Gambito da Rainha. Elas são acusadas de desviar mais de R$ 60 milhões dos cofres públicos. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (21).
Os denunciados são 3 empresários, 1 contador, 1 advogado, 4 auditores fiscais, 2 tabeliãs de União dos Palmares, 1 militar da reserva da PM-AL, 1 funcionário aposentado da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e 7 pessoas que serviam como laranjas.
Na denúncia, a conduta de cada envolvido no esquema é detalhada. Eles cometeram crimes como lavagem de bens, corrupção de agentes públicos, organização criminosa, falsidade ideológica, fraudes societárias e falsificação de documentos públicos e privados.
Inicialmente, a suspeita era do desvio de cerca de R$ 30 milhões. Com o avanço das investigações, estima-se que o rombo nos cofres públicos seja o dobro disso.
“Ao todo, o prejuízo ao Tesouro Estadual está estimado num montante aproximado de R$ 60.107.413,06 (sessenta milhões, cento e sete mil, quatrocentos e treze reais e seis centavos). Tal valor está corrigido monetariamente, inclusive, com multas e juros, conforme dados da própria Sefaz”, disse o coordenador do Gaesf, promotor de Justiça Cyro Blatter.
A ação penal foi ajuizada perante a 17ª Vara Criminal da Capital, de combate ao crime organizado.
A operação Gambito da Rainha foi deflagrada em Alagoas e em Pernambuco. Uma nova fase da operação foi realizada em um cartório de Maceió.
