O empresário Marcelo Neves Pereira, suspeito de praticar estupro de vulnerável, maus-tratos, assédio sexual e estupro qualificado contra as enteadas teve a prisão preventiva substituída por medidas cautelares diversas, nessa quarta-feira (09), pelo juiz Thiago Augusto Lopes de Moraes, da 14ª Vara Criminal.

Por meio de nota, o Tribunal de Justiça de Alagoas informou que o réu teve a prisão substituída por “inexistência de indícios, nos autos, de condutas que a legislação processual prevê como requisitos para a manutenção da segregação provisória”.

Ainda conforme o TJ, “trata-se de uma análise estritamente processual e que não se confunde com a análise do mérito (juízo de condenação ou absolvição)”.

Entre as medidas cautelares foi imposta a monitoração eletrônica vedando a aproximação com as vítimas e seus familiares. 

O TJ lembrou que as decisões judiciais são passíveis de impugnação pelas vias recursais ordinárias e extraordinárias. 

Segundo a ex-esposa de Marcelo, ela está indignada com o Judiciário brasileiro e afirmou a um portal de notícias que precisou sair da cidade para que os filhos não saibam que o suspeito foi solto. “No meio do caos que vivemos, vendo todos os dias milhares de famílias, crianças e mulheres sendo vítimas de criminosos como esse, assistindo essa revolução sexual a qual vivemos”.

E acrescentou: “tendo relatório técnico do COPEN comprovando que no período que ele ficou solto ele descumpriu as medidas protetivas tentando se aproximar da gente por mais de 11 vezes”.

Marcelo Neves Pereira foi preso no dia 16 de julho, no bairro do Farol; suas duas enteadas foram as vítimas.