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Hospital da Mulher contabiliza 15 mil atendimentos em um ano

Considerada um marco na reestruturação da saúde pública de Alagoas, a unidade já realizou mais de 1.240 cirurgias

Por Agência Alagoas 29/09/2020 17h05
Hospital da Mulher contabiliza 15 mil atendimentos em um ano
Foto: Carla Cleto e Marcel Vital/Agência de Alagoas

Implantado com a proposta de ampliar a oferta do Sistema Único de Saúde (SUS) em Alagoas, o Hospital da Mulher Dr.ª Nise da Silveira, localizado no bairro Poço, em Maceió, completa nesta terça-feira (29) um ano de funcionamento, com o registro de 15.018 atendimentos. O equipamento construído e entregue pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) é considerado um marco para a história do Estado, visto que foi o primeiro hospital público inaugurado na capital após quatro décadas.

No período de um ano, passaram pela Classificação de Risco 9.880 mulheres, onde foram realizados 3.095 partos, sendo 1.531 normais e 1.564 cesáreos, o que corresponde a 49,5% e 50,5%, respectivamente. O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, faz um destaque para a união de esforços dos profissionais que atuam no Hospital da Mulher para conseguir resultados tão expressivos, demonstrando na prática o quanto o serviço de saúde está próximo da população. 

“O Hospital da Mulher chega a um ano com excelentes resultados na atenção à saúde. Incentivamos os partos naturais, investimos na capacitação dos profissionais, contamos com serviços ambulatoriais e de proteção às crianças, além de realizar procedimentos cirúrgicos. Ou seja, é uma demonstração de que quando a população necessitou de um serviço de saúde, lá estava o Hospital da Mulher”, disse o secretário.

Humanização 

O hospital foi a primeira unidade hospitalar do Brasil a contratar doulas para integrar a equipe de assistência ao parto humanizado pelo SUS. O atendimento humanizado é uma prioridade da unidade que, conta, especialmente, com seis leitos PPP (pré-parto, parto e pós-parto) em ambientes confortáveis para deambulação, chuveiro morno, banheira, trabalho com bola suíça, musicoterapia, aromaterapia e penumbra.

Para a diretora-geral do Hospital da Mulher, Eliza Barbosa, o diferencial da maternidade é a assistência em relação à proposta de parto humanizado. “Nesse período, oferecemos um atendimento individualizado através dos leitos de PPP, que garantiu o direito da mulher a um acompanhante no trabalho de parto, durante o parto e, inclusive, no pós-parto, dando à família uma assistência mais direcionada. Isso não seria possível sem o apoio e a dedicação da equipe multidisciplinar, que tem auxiliado o parto para acontecer naturalmente, sem muitas intervenções e, obviamente, de maneira saudável, sempre respeitando a vontade da mulher”, avaliou.

Área Lilás 

Desde que foi inaugurada, a Área Lilás do Hospital da Mulher, da Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), tem proporcionado um atendimento integrado da saúde juntamente à segurança pública, cujo objetivo é assistir à vítima de violência sexual de forma acolhedora, rápida e eficaz.

Em um ano, a Área Lilás da unidade hospitalar acolheu 465 vítimas de violência sexual, cujo público-alvo foi o infantojuvenil, onde os profissionais conseguiram fazer todos os procedimentos necessários ao atendimento dos pacientes em apenas três horas.

Entre as vítimas, 423 foram do sexo feminino e 42 do masculino. Destas, 200 foram vítimas que têm de 0 a 11 anos; 169 de 12 a 17 anos; 58 têm de 18 a 29 anos; 33 de 30 a 59 anos; e cinco foram adultos que estão acima dos 60 anos.