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Trabalhadores protestam em frente a AlmaViva em Maceió
Duas funcionárias foram demitidas enquanto a manifestação acontecia

Desde o início da manhã desta sexta-feira (11), trabalhadores e ex-funcionários da empresa AlmaViva realizam protesto em frente a unidade localizada no Benedito Bentes e fazem denúncias contra a empresa.
Eles apontam irregularidades que vão desde a proibição de usar o banheiro no momento em que precisam, assédio moral e realização de uma assembleia do sindicato dos atendentes no ambiente de trabalho.
Duas funcionárias foram demitidas enquanto a manifestação acontecia, por demonstrar insatisfação com a assembleia da categoria, que feita dentro do ambiente corporativo e sob os olhares dos supervisores, intimidava quem discordava das imposições feitas pela empresa.
“Eles não aceitaram reajustar os salários para que a gente ganhe pelo menos um salário mínimo no final do mês e ainda perseguem quem não aceita”, denunciou Bruna Castro, 23 anos. Bruna foi demitida após quase três anos de trabalho.
Após receber várias denúncias e pedidos de ajuda de familiares de funcionários da empresa, o vereador Siderlane Mendonça também esteve no local para prestar solidariedade aos manifestantes. “Eles não estão pedindo nada mais que o justo: respeito e o cumprimento das leis trabalhistas”, disse o vereador. A jornalista e pré-candidata a prefeitura de Maceió, Lenilda Luna também compareceu ao local para prestar apoio aos manifestantes.
Pai de uma ex-funcionária contou que até hoje ela sofre emocionalmente por conta do que viveu dentro da empresa. “Finalmente vocês se mobilizaram. Esse local é uma senzala”, lamentou o idoso, que pediu para não ser identificado pela reportagem.
Enquanto o protesto acontecia, alguns funcionários tentaram entrar na assembleia para votar contra a proposta de não reajuste e foram impedidos. Dois supervisores da empresa transmitiam imagens pelo celular e permaneceram calados. Eles não quiseram falar pela empresa. A polícia foi acionada e esteve no local para negociar e acompanhou o protesto sem interferir.
Os manifestantes prometem se reunir novamente ainda nesta sexta, desta vez na unidade do conjunto Salvador Lyra, para continuarem protestando.
