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Ministério da Saúde analisa possíveis tratamentos e fala da evolução do estudo com plasmas

Número dois da Saúde diz que pacientes evoluíram muito bem e terá desfecho em breve

Por O Globo 10/04/2020 07h07
Ministério da Saúde analisa possíveis tratamentos e fala da evolução do estudo com plasmas

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse que, além da cloroquina, os testes mais avançados de novos tratamentos para a covid-19 são provavelmente usando o plasma do sangue de pacientes curados. O plasma contém anticorpos para a doença e pode ajudar quem está lutando contra a doença. Já a cloroquina é um remédio usado para a malária e outras enfermidades, e está sendo usada experimentalmente agora, principalmente em pacientes graves com o novo coronavírus.

— Além da cloroquina, provavelmente o mais próximo de ter algum desfecho é o uso de plasma de pacientes que já têm anticorpos no seu organismo. Está evoluindo muito bem, o pessoal está trabalhando nessas novas possibilidades terapêuticas — disse Gabbardo, que é o número dois da pasta, abaixo apenas do ministro Luiz Henrique Mandetta.

Segundo ele, nos próximos dias devem sair resultados de estudos sobre novos tratamentos. A cloroquina tem como um de seus maiores entusiastas o presidente Jair Bolsonaro. Já o Ministério da Saúde pede cautela, uma vez que o medicamento tem efeitos colaterais, sendo necessário pesar seus riscos e benefícios. Por isso o foco nos pacientes mais graves, em que os potenciais benefícios superam os riscos.

Um boletim do ministério divulgado nesta quinta-feira adota o mesmo tom de cautela. Segundo o documento, a cloroquina associada à azitromicina é apontada como um medicamento promissor para covid-19, mas é necessário esperar mais duas ou três semanas para obter resultados mais confiáveis nos testes. De acordo com o boletim, "ainda não há evidência robusta de que essa metodologia possa ser ampliada para população em geral, sem uma análise de risco individual e coletivo".