Alagoas ficou em segundo lugar nos estados brasileiros com maior índice de violência em 2016, com cerca de 54,2 para 100 mil habitantes. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Sergipe lidera com cerca de 64,7 para cada 100 mil habitantes.  A pesquisa revelou que a maior concentração de mortes ocorrem nas regiões Norte e Nordeste. 

Com 102 Municípios, Alagoas já havia chamado atenção pela análise do IBGE, divulgada em maio, quando ocupou o 1° lugar em taxa de analfabetismo. 

O Núcleo de Estatística e Análise Criminal (Neac) da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) também divulgou uma pesquisa comparativa informando a queda da taxa de homicídios no Estado. Segundo o estudo do Neac, foram registrados 121 homicídios em maio de 2018 contra 125 do mesmo período do ano passado.

Analisando os dados de janeiro a maio de 2018, com o mesmo período do ano anterior, foi constatado que ocorreu uma queda de 23% nas taxas de homicídios. Ocorreram 685 assassinatos no Estado no período, já no ano passado o número de crimes foi de 900. 

"A prioridade da Secretaria da Segurança Pública é reduzir homicídios e todo os números mostram que o trabalho realizado vem dando certo. A tudo isso somam-se investimentos nunca antes visto. O Governo tem investido também na reforma de prédios e construção de Centros Integrados e implantado programas extremamente importantes, como a Força Tarefa e o Ronda no Bairro. A sociedade tem sido grande parceira também realizando denúncias pelo 181, e com tudo isso reduzimos homicídios, roubos, prendemos homicidas e apreendemos quantidades históricas de drogas", informa o secretário da Segurança Pública, Lima Júnior.

Dados Gerais

No ano de 2016, 62.517 pessoas foram assassinadas no Brasil, o que equivale a uma taxa de 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes.

Todos os estados que lideram a taxa de letalidade estão na Região Norte ou no Nordeste: Sergipe (64,7 para cada 100 mil habitantes), Alagoas (54,2), Rio Grande do Norte (53,4), Pará (50,8), Amapá (48,7), Pernambuco (47,3) e Bahia (46,9). As maiores variações na taxa foram observadas em São Paulo, onde houve redução de 56,7%, e no Rio Grande do Norte, que registrou aumento de 256,9%.

A pesquisa do Ipea informa também sobre a quantidade de jovens negros e pardos, sem distinção de gênero, com idades entre 15 e 29 anos, que são em sua maioria as principais vítimas de violência, com cerca de 142,7 por 100 mil habitantes em todo o Brasil.

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