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Nutricionista orienta como preparar ceia da Páscoa sem causar danos à saúde

Por Agência Alagoas 01/04/2015 21h09
Nutricionista orienta como preparar ceia da Páscoa sem causar danos à saúde
Os produtos naturais são os mais indicados por especialistas. No caso do coco – tradição durante a Páscoa – o ideal é utilizar o produto in natura; nutricionista Sybelle Cavalcanti, recomenda consumidor a evitar frituras (Foto: Carla Cleto)

Chegou a hora de preparar os alimentos mais consumidos durante a ceia da Páscoa. Os produtos naturais são os mais indicados por especialistas. Apenas com a utilização de alimentos mais frescos, que tenham tido contato prolongado com a natureza, já é possível trazer vantagens à saúde. 

Além de fugir do tradicional, as receitas preparadas com alimentos frescos ficam ainda mais saborosas. As opções de receitas estão disponíveis na internet, em programas de televisão e revistas, indicando como se alimentar de forma mais saudável sem perder o sabor dos alimentos.

A nutricionista Sybelle Cavalcanti, do Programa de Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), afirma que “evitar alguns produtos industrializados, ou seja, com a adesão de muitos conservantes, já é o primeiro passo”. 

“Nessa época, dar mais atenção aos alimentos cozidos, evitando frituras, além de consumir os grãos integrais, deixa o alimento mais saboroso e saudável”, destacou ainda a nutricionista, que apresentou outras dicas fáceis de anotar.Na hora de preparar os “pratos”, por exemplo, o recomendado é a utilização de alimentos naturais integrais, menos processados e sem os aditivos artificiais como conservantes, corantes e os aromatizantes. 

Com isso, o consumo de fibras, minerais e vitaminas estará garantido na mesa da família. A ceia também pode estar incrementada com o arroz integral, além de outros acompanhamentos como frutas e verduras, onde os agrotóxicos estejam menos presentes. 

Caso a opção seja pelo arroz branco, de coco – tradição durante a Páscoa – o ideal é utilizar o produto in natura. O coco retirado direto da natureza, sem se utilizar dos produtos já engarrafados vendidos em supermercados.Guida Gomes possui uma lanchonete e fornece almoço. Ela diz preferir usar sempre menos produtos industrializados no preparo dos lanches e refeições. 

“Quando levo o almoço sempre acompanho de uma salada. Em alguns casos, o azeite é mais utilizado que do que o óleo, que possui muita gordura. Também ralo o coco na hora e utilizo vegetais frescos”, afirmou a comerciante.Grão de bico e ervilhas também são ricos em proteínas de origem vegetal, e podem compor os pratos preparados durante a refeição. 

Gordura faz mal? “Toda a gordura em excesso pode trazer malefícios à saúde”, diz a nutricionista. Mas não é preciso abandoná-la de vez do cardápio. Ao invés disso, dê preferência às gorduras insaturadas, encontradas no azeite extra-virgem, nas castanhas, nozes, amêndoas e na linhaça. Essa combinação ajuda a manter mais saudável o coração, além de prevenir o acúmulo de gorduras em regiões tão indesejadas como na barriga. 

O sódio também é um perigo à saúde de muita gente, em especial, dos hipertensos, por isso, a dica é fugir do sal. Nessa hora é sempre válido lembrar que o sal já está presente em muitos produtos artificiais: como molhos industrializados, macarrões instantâneos convencionais, entre outros. Prefira temperos naturais e os alimentos frescos sem os aditivos artificiais. 

Quando a dica é na utilização de produtos orgânicos, muitos acham que eles estão longe do alcance dos consumidores. Esse mito já pode ser descartado. Muitos supermercados, feiras e restaurantes espalhados pela cidade já oferecem essa opção aos consumidores. Consumir produtos orgânicos significa que sua produção aconteceu de uma forma diferenciada, ou seja, sem os agrotóxicos que alteram a “duração” de vida de alguns alimentos. 

Os produtos orgânicos são ricos em nutrientes e possui muito mais sabor, além de adotarem, do cultivo à comercialização, a responsabilidade socioambiental.É válido ressaltar que o Brasil está na lista dos principais países no uso de agrotóxicos. Além de alterações hormonais ao longo da vida, o consumo de agrotóxicos pode causar até câncer, pois as substâncias contidas nesse tipo de alimentos são facilmente absorvidas pelo organismo. 

Chegou a hora da sobremesa. O que fazer? A primeira dica é evitar as famosas gorduras trans, presentes em alguns produtos industrializados como biscoitos, bolos recheados, sorvetes, entre inúmeros outros. No mercado, observe bem as embalagens, e fique de olho na tabela nutricional. Alguns já especificam a redução dessa gordura em determinado produto. E se puder, faça você mesmo uma sobremesa. Sempre utilizando as dicas de que menos sempre é mais; preferir os diets e lights; e evitar os extremos: nada muito doce ou salgado. 

E o vício é o famoso chocolate, coma sem abusos. E também é possível preparar a iguaria substituindo o chocolate industrializado por receitas com a utilização do cacau em pó puro.  Agora, é só aproveitar a ceia sem prejudicar em excesso a saúde do corpo. “Não devemos proibir, ou nada está proibido. É preciso ter bom senso e sempre optar pela forma mais saudável”, concluiu a nutricionista da Sesau.