O ex-presidente do CSA, Rafael Tenório, concedeu entrevista na noite de quarta-feira (4) e descartou qualquer possibilidade de voltar ao comando do clube. Segundo ele, a situação atual é tão grave quanto a que encontrou em 2015, quando assumiu a presidência para reestruturar o Azulão.

"A situação é caótica. É igual ao que vi em 2015. Voltei em 2023 só para organizar a Recuperação Judicial. Não tenho nenhum interesse em voltar", afirmou Tenório.

Ele também destacou os sacrifícios exigidos por quem assume o clube. "Era preciso eu não ter nenhum amor próprio, porque no CSA você perde tudo o que tem quando entra lá", disse.

Questionado sobre a possibilidade de transformar o CSA em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), Tenório demonstrou ceticismo. Para ele, não há atratividade para investidores em clubes da Quarta Divisão.

"Quem vai colocar dinheiro numa Série D? SAF é investimento para vender atletas. Veja o Botafogo, virou SAF, foi pra Libertadores... Mas e um clube da Série D? Não conheço nenhum caso de sucesso", comentou.

Ele também criticou promessas de grandes aportes em clubes como Portuguesa e Santa Cruz, que, segundo ele, nunca se concretizaram. "Cadê o R$ 1 bilhão que disseram ter colocado?", questionou.

A crise no CSA se agravou após o rebaixamento para a Série D, e o clube ainda busca alternativas para reorganizar sua estrutura administrativa e financeira.