Esportes
CRB enfrenta pressão e atraso por reforços: dirigente justifica escolhas e aposta em recuperação de Mikael
Ari Barros afirma que clube busca equilíbrio financeiro e nega arrependimento por contratação do atacante

Após seis jogos sem vitória na Série B, o CRB convive com aumento da pressão externa e cobranças da torcida por resultados e reforços. Diante do cenário, o executivo de futebol Ari Barros concedeu entrevista na quinta-feira (24) e abordou questões sobre a montagem do elenco, a demora por contratações e a situação física do atacante Mikael.
Desde sua chegada ao clube, em fevereiro, Ari defendeu os nomes contratados, ressaltando que todos tiveram desempenho relevante em clubes anteriores. Segundo ele, o futebol não segue lógica matemática e o rendimento em campo depende de um processo de adaptação.
"Não tem como trazer um jogador e esperar que, de um dia para o outro, ele comece a marcar gols. Existe uma construção", afirmou.
Situação de Mikael
A contratação de Mikael, feita após a saída de Anselmo Ramon, foi um dos temas centrais da entrevista. Alvo frequente de críticas da torcida, o centroavante chegou ao CRB com histórico recente de inatividade e problemas físicos. Ari reconheceu que o atleta estava fora de ritmo, mas reafirmou a confiança no seu potencial de recuperação.
"Ele não traria prejuízo financeiro se não desse certo. Chegou fora de forma, é verdade, mas perdeu peso, reduziu o percentual de gordura. Eu acredito que, se ele seguir evoluindo até o fim do contrato, terei feito minha parte como gestor ao tentar recuperar um profissional", declarou.
Com apenas um gol marcado pelo CRB até o momento, Mikael é observado sob expectativa. Ari também apontou a escassez de centroavantes em destaque na Série B como um problema geral na competição.
"Se for olhar, qual camisa 9 está fazendo a diferença hoje? Anselmo tem cinco gols, ok, mas a maioria das equipes tem dificuldades no setor. O artilheiro da Série B, por exemplo, é um jogador de lado" completou.
Limitações no mercado
Questionado sobre a lentidão nas contratações, Ari foi direto ao mencionar o orçamento limitado do clube. "O CRB não é um clube rico. Não temos condição de competir financeiramente com outras equipes. Temos que negociar, e isso leva tempo. Não podemos errar", justificou.
Segundo ele, a diretoria busca entre uma e três novas peças para o elenco, com foco em reforços que possam se adaptar ao contexto do clube sem comprometer as finanças.
"Estamos atentos ao mercado e vamos trazer reforços, mas com critério. A demora não é falta de vontade, é necessidade de precisão", finalizou.
Com agências.
