Neste domingo, 2 de fevereiro, aconteceu a 67ª edição do Grammy Awards, um dos eventos mais importantes da música mundial. A cerimônia foi realizada no Crypto.com Arena, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

O Grammy 2025 foi marcado por discursos políticos impactantes e emocionantes homenagens às vítimas dos incêndios em Los Angeles. Além de pedidos de doações para ajudar os afetados, diversos artistas aproveitaram o palco para expressar críticas às políticas do governo de Donald Trump.

Lady Gaga e Bruno Mars, ao receberem o prêmio de Melhor Performance Pop por "Die with a Smile", abordaram questões relacionadas aos direitos LGBTQIA+. Gaga fez um discurso contundente em defesa das pessoas transgênero, afirmando: "O amor é livre e cada pessoa merece viver sua verdade, sem medo." A plateia aplaudiu de pé. 

Shakira, vencedora de Melhor Álbum Pop Latino, dedicou sua vitória aos imigrantes nos Estados Unidos, que enfrentam constantes ameaças de deportação desde a eleição de Trump. "Vocês são a alma deste país, e estamos aqui para lutar por vocês," disse a cantora colombiana, emocionando o público.

O evento destacou o poder da música não apenas como entretenimento, mas também como uma plataforma de resistência e solidariedade frente a questões sociais e políticas urgentes.

Os maiores vencedores

Diss é a abreviatura da palavra em inglês disrespect (desrespeito, em tradução livre) e é a palavra resume as tretas musicais.

Neste ano, Anitta representou o Brasil na categoria de Melhor Álbum Pop Latino, mas foi derrotada por Shakira. Outros artistas brasileiros, como Milton Nascimento, Hamilton de Holanda e Eliane Elias, também estavam indicados, concorrendo ao prêmio de Melhor Álbum de Jazz Latino.

Beyoncé fez história ao conquistar finalmente o Grammy de Melhor Álbum do Ano com Cowboy Carter, seu aclamado disco country. Após anos de indicações frustradas nesta categoria, ela se tornou ainda mais aclamada, consolidando sua posição como a maior vencedora da premiação. Em seu discurso emocionado, Beyoncé agradeceu aos fãs e à equipe envolvida no álbum, celebrando a diversidade na música: "Essa vitória não é apenas minha, mas de todos os que desafiam os rótulos e reimaginam o que é possível na música."

Kendrick Lamar foi o grande destaque da noite, levando sete prêmios, incluindo Melhor Gravação e Canção do Ano com "Not Like Us", uma Diss para o seu reival Drake. Diss é a abreviatura da palavra em inglês disrespect (desrespeito, em tradução livre) e é a palavra resume as tretas musicais. Durante a cerimônia, ele recebeu um prêmio das mãos de Diana Ross e reforçou a força do rap: "Nada é mais poderoso que o rap."

A noite também foi marcada pela ascensão de novos talentos. Doechii, uma das indicidas a artista revelação, levou o Grammy de Melhor Álbum de Rap, destacando a importância da representatividade feminina no gênero. "Tem muitas mulheres negras me assistindo, e queria dizer que vocês conseguem. Não permitam que projetem estereótipos sobre vocês," disse ela, arrancando aplausos.

Outro destaque foi Chappell Roan, que conquistou o prêmio de Artista Revelação. Em seu discurso, fez um apelo para que as gravadoras invistam mais nos artistas iniciantes. A cantora, montada em um enorme cavalo rosa, apresentou Pink Poney Club em um tributo vibrante aos clubes LGBTQIA+ de Los Angeles.

Além disso, as cantoras Charli XCX com o seu aclamado "Brat" e Sabrina Carpter com “Short n’ Sweet” conquistaram o primeiro Grammy de suas carreiras. Charli  é a vencedora da categoria melhor gravação de pop dance, com a música “Von Dutch” e Melhor álbum de dança/eletrônica. Sabrina, por outro lado, ganhou como melhor performance pop solo, com “Espresso” e Melhor álbum pop vocal.

Grammy 2025: quem foi premiado?

Álbum do ano: "Cowboy Carter" - Beyoncé

Gravação do ano: "Not Like Us" - Kendrick Lamar

Canção do ano: "Not Like Us" - Kendrick Lamar

Melhor artista revelação: Chappell Roan

Melhor performance pop solo: "Espresso" - Sabrina Carpenter

Melhor álbum pop vocal: "Short n' Sweet" - Sabrina Carpenter

Melhor clipe: "Not Like Us" - Kendrick Lamar

Melhor álbum de rap: "Alligator Bites Never Heal" - Doechii

Melhor álbum de rock: "Hackney Diamonds" - The Rolling Stones

Melhor álbum country: "Cowboy Carter" - Beyoncé

Melhor performance solo de country: "It Takes a Woman" - Chris Stapleton

Melhor álbum de música global: "Alkebulan II" - Matt B presentando e Royal Philharmonic Orchestra

Melhor performance de música global: "Bemba Colorá" - Sheila E. com Gloria Estefan e Mimy Succar

Melhor performance pop (duo ou grupo): "Die with a Smile" - Bruno Mars y Lady Gaga

Melho canção de rap: "Not Like Us" - Kendrick Lamar

Melhor performance de rap: "Not Like Us" - Kendrick Lamar

Melhor álbum de dança/eletrônica: "Brat" - Charli XCX

Melhor performance de rock: "Now and Then" - The Beatles

Mejor performance de country (duo ou grupo): "II Most Wanted" - Beyonce e Miley Cyrus

Melhor álbum de pop latino: "Las Mujeres Ya No Lloran" - Shakira

Melhor álbum de música urbana: "LAS LETRAS YA NO IMPORTAN" - Residente

Melhor álbum de rock latino ou alternativo: "¿Quién trae las cornetas?" - Rawayana

Melhor álbum de música mexicana: "Boca Chueca, Vol. 1" - Carín León

Melhor álbum tropical latino: "Alma, corazón y salsa (Live at Gran Teatro Nacional)" - Tony Succar, Mimy Succar