Economia

Empresários avaliam com cautela mudanças no vale-refeição

Novo decreto promete reduzir taxas e ampliar concorrência, mas comerciantes temem novas cobranças

Por Esther Barros 13/11/2025 07h07 - Atualizado em 13/11/2025 07h07
Empresários avaliam com cautela mudanças no vale-refeição
. - Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Pequenos empresários do setor de alimentação receberam com cautela o decreto que moderniza o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A medida estabelece limite de 3,5% nas taxas cobradas por operadoras de vale-refeição e alimentação e prevê interoperabilidade entre bandeiras.

Comerciantes ouvidos no Rio de Janeiro veem potencial para reduzir custos, mas desconfiam que as operadoras possam criar novas tarifas para compensar a perda. Hoje, as taxas variam de 3,5% a 9%, afetando diretamente os lucros.

A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) criticou o decreto, alegando que ele pode fragilizar a fiscalização. 

Já a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) elogiou a mudança, afirmando que o modelo aumenta a transparência e reduz a concentração do setor.

Segundo o Ministério da Fazenda, o novo sistema pode gerar economia de até R$ 7,9 bilhões por ano, com mais competitividade e menores custos para empresas e trabalhadores.

*Com informações Agência Brasil