Economia
Transição energética coloca Alagoas no topo
Estado ultrapassa 80% de fontes sustentáveis na geração de energia e se consolida como referência nacional em transição energética

Alagoas se consolida como referência nacional em sustentabilidade e transição energética, alcançando mais de 80% de sua matriz energética composta por fontes renováveis, o dobro da média brasileira, que gira em torno de 40%. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics), durante a 17ª edição do Balanço Energético de Alagoas (Beal 2025).
Segundo a Superintendência de Políticas Energéticas da Sedics, o setor sucroenergético lidera a produção no estado, com 50,5% da geração vinda do bagaço de cana, seguido pela energia hidrelétrica (30%) e pelo gás natural (15%). Essa combinação configura uma matriz diversificada, limpa e alinhada às demandas futuras.
Bruno Macedo, superintendente de Políticas Energéticas, destaca que o crescimento da geração a partir do bagaço de cana e da energia hidráulica nos últimos dez anos reflete o compromisso de Alagoas com fontes limpas. O estado também foi reconhecido pelo Balanço Energético Nacional (BEN) como o 4º maior gerador de eletricidade a partir da biomassa da cana no país.
Além dos avanços técnicos, o governo estadual vem investindo em projetos estratégicos. Um acordo bilateral entre os presidentes Lula e Emmanuel Macron prevê R$ 1 bilhão para estocagem de gás natural em Pilar, com participação de empresas como TAG e Origem. Também foi confirmado investimento privado de R$ 1,5 bilhão em biorrefinarias em São Miguel dos Campos.
No Sertão, está prevista para 2026 a instalação de uma unidade de Gás Natural Comprimido (GNC) em Batalha, operada pela Algás. O projeto deve atrair novas indústrias para a região da Bacia Leiteira, oferecendo gás mais barato e competitivo, além de estimular a substituição de fontes poluentes.
A secretária Alice Beltrão reforça: “Esse resultado não é apenas um dado técnico, é a prova de que o estado está no caminho certo ao apostar em uma matriz energética limpa, inovadora e alinhada ao desenvolvimento sustentável.”
