Economia

Transição energética coloca Alagoas no topo

Estado ultrapassa 80% de fontes sustentáveis na geração de energia e se consolida como referência nacional em transição energética

Por Redação com Assessoria 22/09/2025 14h02
Transição energética coloca Alagoas no topo
Transição energética coloca Alagoas no topo - Foto: Ascom Sedics

Alagoas se consolida como referência nacional em sustentabilidade e transição energética, alcançando mais de 80% de sua matriz energética composta por fontes renováveis, o dobro da média brasileira, que gira em torno de 40%. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics), durante a 17ª edição do Balanço Energético de Alagoas (Beal 2025).

Segundo a Superintendência de Políticas Energéticas da Sedics, o setor sucroenergético lidera a produção no estado, com 50,5% da geração vinda do bagaço de cana, seguido pela energia hidrelétrica (30%) e pelo gás natural (15%). Essa combinação configura uma matriz diversificada, limpa e alinhada às demandas futuras.

Bruno Macedo, superintendente de Políticas Energéticas, destaca que o crescimento da geração a partir do bagaço de cana e da energia hidráulica nos últimos dez anos reflete o compromisso de Alagoas com fontes limpas. O estado também foi reconhecido pelo Balanço Energético Nacional (BEN) como o 4º maior gerador de eletricidade a partir da biomassa da cana no país.

Além dos avanços técnicos, o governo estadual vem investindo em projetos estratégicos. Um acordo bilateral entre os presidentes Lula e Emmanuel Macron prevê R$ 1 bilhão para estocagem de gás natural em Pilar, com participação de empresas como TAG e Origem. Também foi confirmado investimento privado de R$ 1,5 bilhão em biorrefinarias em São Miguel dos Campos.

No Sertão, está prevista para 2026 a instalação de uma unidade de Gás Natural Comprimido (GNC) em Batalha, operada pela Algás. O projeto deve atrair novas indústrias para a região da Bacia Leiteira, oferecendo gás mais barato e competitivo, além de estimular a substituição de fontes poluentes.

A secretária Alice Beltrão reforça: “Esse resultado não é apenas um dado técnico, é a prova de que o estado está no caminho certo ao apostar em uma matriz energética limpa, inovadora e alinhada ao desenvolvimento sustentável.”