O setor de eventos divulgou que, ao longo dos 18 meses de pandemia de Covid-19 , se acumulou um prejuízo acumulado de R$ 200 milhões, fazendo com que a retomada seja extremamente necessária no momento. O diretor estadual da Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), Sérgio Feitosa, revela que o cenário que envolve o segmento, parado desde março de 2020, é de extrema preocupação.

O governo do Estado não apresenta nenhuma perspectiva para retorno das atividades, e por conta disso, o representante acredita que mais da metade das empresas deste ramo, que acumulam dívidas trabalhistas e com fornecedores, não tenham mais como se sustentar para se manterem abertas.

Na próxima segunda-feira (20), uma reunião é aguardada com grande expectativa para o pessoal do setor. Representantes devem ser recebidos por gestores estaduais para um debate amplo acerca da possibilidade de retorno gradual dos trabalhos. O encontro será realizado na sede da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) e contará com a presença do secretário Alexandre Ayres e do secretário de Turismo, Marcius Beltrão.

“A situação de hoje, do nosso segmento, é muito delicada. As empresas que conseguiram abrir as portas, para eventos mais restritos, com público baixo, estão completamente fragilizadas. O que queremos é, simplesmente, voltar a trabalhar”, afirmou o diretor da Abrape.

Sérgio Feitosa classificou a reunião ocorrida nessa terça-feira (14), na Associação Comercial, como positiva e com avanços à categoria. Diz também esperar que, na segunda-feira (20), seja definido o calendário para a retomada. “Entendo a preocupação do Estado para que este retorno seja bem planejado e de forma segura, para que não tenhamos que avançar e, em seguida, recuar”, disse.

Já o secretário Alexandre Ayres afirmou, durante o encontro, que não existe possibilidade de que a liberação imediata dos eventos de grande porte em Alagoas aconteça. Disse também que o momento seria para tomar decisões com cautela e de maneira gradativa.

Sobre a fala do gestor, O deputado Davi Maia (DEM), que esteve presente na reunião, comentou que notou a surpresa dos representantes do segmento diante do ‘banho de água fria de que receberam’.

“O que percebemos foi a fala de uma pessoa completamente despreparada. Os empresários cobram um plano ao governo, que sequer foi discutido. O verão está chegando, as festas de réveillon também, e nada de o Estado se programar minimamente. Não se faz um evento de um dia para o outro. É preciso ter planejamento, vender ingressos, divulgar”, comentou o parlamentar.

Sobre as festas de réveillon, o gestor da Saúde afirmou que ainda é cedo para tratar sobre o assunto e ressaltou novamente que não é o momento de liberar todos os eventos de uma vez.