A matemática do governo de Alagoas para 2017 é bem mais otimista do que os números praticados em 2016.
No Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), enviado para a ALE na segunda-feira, 19, a receita total foi estimada em R$ 10,242 bilhões, mesmo valor estimado para despesas.
Comparada ao Orçamento deste ano (R$ 8,4bilhões), a variação será de 21,65%.
O secretário de Planejamento e Gestão, Christian Teixeira, explica, no entanto, que o aumento vai se dar não só pelo aumento de receita, mas também pela inclusão das despesas do Alagoas Previdência (Regime Próprio de Previdência Social) que estavam fora do Orçamento.
“A inclusão da Alagoas Previdência e seus fundos tornam as despesas do Estado mais transparentes. Até o ano passado, a autarquia era gerida fora do orçamento do Estado”, explica Teixeira.
Crescimento acima da inflação
Apesar da crise financeira, o governo de Alagoas prevê crescimento acima da inflação nas receitas do estado em 2017, prevê que as receitas correntes vão ficar em R$ 8,022 bilhões em crescimento de 13,51% na comparação com 2015 (7,067 bilhões).
A receita tributária (arrecadação própria) deve crescer 17,8%, de R$ 3,749 bilhões para R$ 4,418 bilhões. As transferências correntes devem crescimento 17,41%, saindo de R$ 3,702 bilhões para 4,347 bilhões.
Em contrapartida, o governo estima uma queda de 50,05% nas receitas de capital, caindo de R$ 1,019 bilhão para R$ 509 milhões.
Com ou sem crescimento, o caixa vai continuar apertado, avisa Christian Teixeira. “O custeio continuará sob controle rígido. O governador Renan Filho quer aumentar os investimentos e por isso qualquer aumento de arrecadação deve ser direcionado para a realização de obras e ações importantes, especialmente na área da saúde”.