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Companhia aérea planeja táxi voador para 2027 no Japão

Empresa All Nippon Airways (ANA) fará demonstração dos modelos em outubro, durante a Exposição Universal de Osaka

Por G1 11/08/2025 11h11 - Atualizado em 11/08/2025 11h11
Companhia aérea planeja táxi voador para 2027 no Japão
'Carro voador' (eVTOL) da Joby Aviation, que fechou parceria com a companhia aérea japonesa ANA - Foto: Joby Aviation/Divulgação

A companhia aérea japonesa All Nippon Airways (ANA) anunciou na quinta-feira (7) que pretende operar os primeiros táxis voadores no Japão em 2027, em parceria com a startup norte-americana Joby Aviation.

O veículo utilizado será o eVTOL (veículo elétrico de pouso e decolagem vertical) da Joby Aviation.

Eles decolam e pousam como um helicóptero e depois voam como aviões, chegando a uma velocidade de até 320 km/h.

De acordo com a empresa, os veículos têm baixo ruído e não emitem poluentes durante a operação. A capacidade é de cinco lugares, com um piloto e até quatro passageiros.

A ANA e a Joby Aviation anunciaram que vão criar uma empresa conjunta, com o objetivo de implantar mais de 100 aeronaves para operar no Japão.

O projeto é utilizar os táxis aéreos principalmente em rotas entre o centro de Tóquio e os aeroportos internacionais de Narita e Haneda.

Hoje, o trajeto entre Tóquio e Narita leva mais de uma hora, de carro ou de trem. Com os táxis aéreos, esse tempo pode cair para 15 minutos, segundo a ANA.

De acordo com o CEO da ANA, Koji Shibata, os táxis voadores "revolucionarão" a mobilidade aérea do país. Uma demonstração pública dos veículos está prevista para outubro, durante a Exposição Universal de Osaka.

Embraer também tem projeto de eVTOL para 2027

O mercado dos eVTOLs inclui a participação de uma empresa brasileira: a Embraer. Ela está desenvolvendo seu modelo através da Eve Air Mobility, que pertence ao grupo da fabricante de aviões.

A Eve prevê iniciar as entregas dos eVTOLs em 2027, mesmo ano em que pretende começar as operações comerciais com os veículos elétricos. Em junho, a empresa fechou acordo de R$ 1,3 bilhão para vender até 50 "carros voadores".

Atualmente, há cerca de 3 mil unidades encomendadas. Antes de operar, os eVTOLs ainda precisam da certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Já a empresa alemã Volocopter, que também construía eVTOLs, declarou falência em dezembro de 2024. Dias antes, a também alemã Lilium havia sido resgatada de situação semelhante.

A Volocopter planejava lançar em 2025 o Volocity, modelo de táxi aéreo elétrico com dois assentos. Ela enfrentou um revés em 2024, quando os testes de voo em Paris, previstos para os Jogos Olímpicos, foram cancelados por falta de certificação do motor do avião.