Blog do Romero

Política, governo, análises conjunturais, entrevistas e abordagens eleitorais

Renan estraga festa de 'tolinho', agiliza isenção do IR e faz justiça ao presidente Lula

Com protagonismo de áureos tempos, senador exibe desempenho de legislador ágil e decidido

Por Blog do Romero 10/11/2025 15h03
Renan estraga festa de 'tolinho', agiliza isenção do IR e faz justiça ao presidente Lula
Renan faz justiça a Lula, estraga festa de Lira e encaminha mais receita - Foto: Reprodução

Os números são um tanto desencontrados - fala-se em 10,5 milhões, 16 milhões e até mais de 25 milhões - porém o importante está pronto e acabado: o Congresso Nacional finalizou o projeto de lei enviado pelo presidente Lula assegurando isenção total do Imposto de Renda aos trabalhadores com ganhos de até R$ 5 mil. Mas não foi fácil.

O PL encaminhado à Câmara ficou meses a fio retido na gaveta do relator, o alagoano Artur Lira, do Progressistas, mas ele terminou sendo obrigado a correr para acelerar sua tramitação e enviá-lo ao Senado.

Só que não foi uma ação voluntária, espontânea, não foi sequer um ato de vontade própria. Lira foi 'obrigado' a cumprir seu papel depois que o senador Renan Calheiros, em parceria com o colega Eduardo Braga, apresentou um projeto paralelo no Senado, garantindo a mesma isenção do IR, assumiu a relatoria e rapidinho aprovou-o na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), sob sua efetiva presidência.

Ao fazê-lo, o senador alagoano explicou que tomara a decisão contra o engavetamento do projeto do presidente Lula e também porque a isenção deixaria de valer já a partir de 2026 se a proposta do Planalto não fosse aprovada dentro do prazo - até o final do ano - em um momento de pauta cheia de proposições e dispersão dos parlamentares.

Assim, agindo rápido, acabou com a festa do relator que não relatava e ainda o expôs publicamente ao sustentar que o projeto estava sendo retardado para forçar o governo a atender situações de interesse de Lira e de seu grupo político...

Nesse lance marcante de protagonismo, o senador Renan preferiu ser racional e coerente ao optar por manter a proposta original de Lula, para evitar atrasos na votação, mas deixou sua marca, apresentando um nova medida capaz de gerar mais arrecadação para o governo, taxando três setores considerados de alta lucratividade, a saber:

- Instituições financeiras: a alíquota da CSLL sobe de 15% para 20%, no caso de bancos e sociedades de crédito.
- Fintechs, corretoras e distribuidoras: alíquota da CSLL passa de 9% para 15%.
- Apostas esportivas (bets): a contribuição sobre a receita bruta do jogo passa de 12% para 24% — metade desse valor compensará estados e municípios pela perda com o IR.

Preparando-se para mais uma batalha eleitoral mirando o quinto mandato consecutivo, o senador Renan reassume protagonismo e se sobressai como um dos parlamentares mais destacados no Congresso Nacional.

Em outubro, escreveu o consagrado colunista Luiz Nassif:

"Renan foi um dos poucos líderes políticos que resistiram ao avanço do autoritarismo e ao desmonte das instituições promovido nos últimos anos”, lembrando ainda que o senador alagoano “soube sobreviver a campanhas midiáticas e judiciais intensas, sem abrir mão do diálogo político e da defesa das prerrogativas do Parlamento”.

E acrescentou: "O parlamentar das Alagoas exerce hoje um papel de “recomposição da ordem democrática, servindo como uma espécie de contrapeso entre os diferentes poderes da República".

Por sua vez, em artigo publicado no Valor Econômico, a jornalista Andrea Jubé assinala que a atuação de Renan Calheiros no Senado “tem feito o Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda sorrirem”, graças aos avanços financeiros.

Tudo isso explica por que, em Alagoas, Renan Calheiros lidera todas as pesquisas de intenção de voto para o Senado Federal.

News title
Pesquise no blog
Sobre o blog

Iniciou-se no Jornalismo como redator do Diário de Pernambuco. Foi editor do Diário da Borborema (PB) e do Jornal de Alagoas. Exerceu os cargos de secretário de Comunicação da Prefeitura de Maceió e do Estado de Alagoas.

Arquivo