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De pai pra filho: Eduardo também entra no rol de indiciados com base na CPI da Covid

Com Renan como relator, Comissão investigou esquemas e desvios na Saúde durante pandemia

23/09/2025 14h02
De pai pra filho: Eduardo também entra no rol de indiciados com base na CPI da Covid
Foto: Reprodução

Após o diálogo pornográfico travado com papai Bolsonaro, captado pela Polícia Federal e vazado na mídia, o filho Dudu passa o tempo de 'boa vida', nos Estados Unidos, fazendo o que mais lhe apraz: conspirar contra o Brasil e duelar com inimigos gratuitos gastando o vocabulário pobre em ideias e rico em impropérios.

O alvo da vez? Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido do papai Jair Bolsonaro, personagem crítico que iniciou sua vida amoral em 2012, quando foi condenado a sete anos e dez meses de cadeia por corrupção e lavagem de dinheiro. Processo? O ruidoso mensalão.

Agora, Val Neto não desviou nada mas, defendendo seu próprio interesse, fez uma previsão típica de 'anjo de necrotério': "Se insistir em sair candidato a presidente, o Eduardo vai ajudar a matar o pai", o ex-presidente condenado duplamente – com a facada na barriga durante a campanha de 2022 e com sentença do Supremo, onde o processo da trama golpista lhe rendeu uma fatura a pagar de 27 anos e três meses de prisão.

Dudu soube da profecia do Val Nato e não gostou. Entre uma estocada e outra contra autoridades brasileiras, em seu périplo de trânsfuga sem remissão, abriu breve intervalo e chamou Costa Neto de canalha, adjeto que considera próprio para o momento.

Habituado com esse tipo de deferência, porém Val Neto evitou revide e optou por fazer uma reflexão: "Canalha coisa nenhuma, eu apenas fiz um alerta, pois não acredito que o Eduardo brigue com o pai dele".

Mas insistiu:
- Vai ajudar a matar o pai de vez?

Ninguém respondeu em meio ao barulho produzido pela condenação do ‘mito’ e o coro cadente pró anistia, mas uma coisa vai ficando cada vez mais evidente: o futuro não reserva boas novas para mister Eduardo Bolsonaro.
Refugiado nos Estados Unidos, onde transita entre aliados do boss Donald Trump reivindicando estocadas para punir o Brasil pelo processo da tentativa de golpe de estado, Dudu está na iminência de ter o mandato cassado e vive o pesadelo de uma convicção mortificante: se voltar ao Brasil será processado, julgado e condenado pelo papel traiçoeiro que está cumprindo lá fora.

Para completar o enredo de sua trajetória sem rumo, Dudu é um dos nomes de destaque no inquérito autorizado pelo Supremo Tribunal que tem como base o relatório final da CPI da Covid, trabalho sério e metódico de autoria do senador Renan Calheiros.

A medida, que fique bem claro, partiu do ministro Flávio Dino e atende a pedido da Polícia Federal. Estão indiciados Jair Bolsonaro, o filho Dudu e outros 21 investigados.

Importante: o inquérito se baseia em indícios de crimes como fraude em licitações, superfaturamento, contratos com empresas de fachada, desvio de recursos públicos e incitação à população a adotar condutas prejudiciais ao enfrentamento da pandemia, tal como investigado pelos agentes da PF.

Com mais de 700 mil mortos vitimados pelo coronavírus, o Brasil teve de enfrentar dois mega desafios a partir de 2020: o surto pandêmico da Covid e a pregação negativista do então presidente Bolsonaro contra a vacinação. Os imunizantes acabaram sendo comprados, mas sob forte pressão popular, exigência crescente da sociedade e incessantes bombardeios da mídia. Ocorreram, como se sabe, centenas de milhares de mortes, mas teria sido tragicamente pior sem a imunização.

E não para por aí. Novíssimo processo apresenta Dudu Bolsonaro como indiciado por coação ao Supremo Tribunal Federal, por conta de suas graves estripulias e ações contra o Judiciário brasileiro, conforme exposto em denúncia encaminhada pela Procuradoria Geral da República aos ministros do STF.

Fechando o círculo, Dudu acaba de ver negado pela Mesa da Câmara seu pedido para ser líder partidário por telepatia, quer dizer, como deputado-remoto...

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Sobre o blog

Iniciou-se no Jornalismo como redator do Diário de Pernambuco. Foi editor do Diário da Borborema (PB) e do Jornal de Alagoas. Exerceu os cargos de secretário de Comunicação da Prefeitura de Maceió e do Estado de Alagoas.

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