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Jota Duarte – os 100 anos de um dos grandes nomes da vida pública alagoana

Palmeirense José Duarte Marques exerceu oito mandatos, cinco deles como deputado estadual

17/09/2025 17h05
Jota Duarte – os 100 anos de um dos grandes nomes da vida pública alagoana
Foto: Reprodução


Este 17 de setembro de 2025 marca o transcurso de um aniversário pra lá de especial, pois o dia que sucede à  data evocativa da Emancipação Política de Alagoas, é também o do centenário de um alagoano chamado José Duarte Marques. O nome de batismo é conhecido de poucos, mas o que o identificou ao longo da vida após ingressar na atividade política, virou uma marca gravada na memória dos alagoanos em geral: Jota Duarte.
Amigo de longas datas, compadre, padrinho do meu caçula Everson Vieira Belo, Jota Duarte ajudou a escrever a história de Alagoas exercendo a política partidária com atributos, virtudes e valores ostentados por poucos: dignidade, retidão de caráter, seriedade, competência e, sobretudo, humildade. O sucesso, que a tantos envaidece e transforma, jamais contaminou o homem público Jota Duarte.
Entre o final de 1970 e 1990, tive a honra de assessorá-lo produzindo principalmente textos legislativos e também dirigindo a comunicação da Assembleia Legislativa durante o período em que exerceu a presidência do Parlamento alagoano.
O trabalho a seguir, de fôlego curto, redigi quando Jota já não exercia cargo político, e não publiquei, confesso, por considerá-lo muito aquém da homenagem que Jota sempre mereceu.
Mas aproveito o transcurso do seu 100º ANIVERSÁRIO para torná-lo público através deste Portal Jornal de Alagoas. O livreto não saiu, mas a difusão pela Internet terá, acredito, um alcance considerável.
Neste momento tão especial, eu, minha mulher, Bárbara e meus filhos, agradecemos a Deus por nos ter conferido a honra de ter convivido com Jota Duarte. Muito obrigado por tudo, meu querido amigo e compadre!

Romero Vieira Belo

JOTA DUARTE
O Homem e o Político

Maceió-Alagoas


Apenas um breve perfil

O título deste trabalho poderia ser outro: ‘Um homem de bem’, ‘Um político decente’, ‘Um homem público íntegro’, e tantos mais definidores de um perfil superior, mas pareceu mais acertado intitulá-lo de ‘Jota Duarte – O Homem e o Político’, uma definição mais justa e completa. Porque, mais conhecido como político vitorioso, como exímio articulador, como realizador de incontáveis obras públicas, Jota Duarte também tem o seu lado humano admirável. Católico, religioso por prática e convicção, identificou-se ao longo da vida como um homem simples, simples naturalmente, e não por conveniência, e não apenas para parecer mais próximo do povo, por necessidade de objetivos políticos.
Na política, na atividade político-partidária, a simplicidade, assim como a humildade, precisa ser instrumentalizada. Político que não se comunica, não encara as pessoas, não se mistura com o povo, é político sem futuro. Mas a postura artificial, o teatro – a simplicidade encenada – tem vida curta. A arrogância, o pedantismo, se esconde durante a campanha, mas volta, enfática, depois da eleição. É preciso ‘ser’ para não ter que mudar de acordo com as circunstâncias, para não ter que metamorfosear-se conforme o momento, segundo as conveniências. E Jota ‘é’.
Jota Duarte é simples porque nasceu simples – embora seu porte elegante, sua estatura diferenciada, sua elegância no vestir, moldem-lhe um padrão pessoal de nobreza que muitos invejam, porque gostariam de ter. Sua autenticidade, como político, como homem público, configurou-se em todos os momentos de sua carreira como parlamentar e como gestor. Em nenhuma circunstância, deixou de receber os mais fracos e humildes, os mais simples e carentes. Em casa, na rua, no gabinete de trabalho, em qualquer parte comportou-se com a dignidade só encontrável nos homens de estatura humana elevada e moral superior.
‘Jota Duarte – o Homem e o Político’ poderia ser uma obra adensada, uma biografia com narrativas pormenorizadas, mas ele queria apenas um currículo, um registro de seu perfil. Seria, contudo, muito pouco, quase nada, para descrever, ainda que resumidamente, uma das personalidades mais marcantes do cenário político de Alagoas nas décadas de 60, 70, 80 e 90. É o mínimo, portanto, o que aqui se narra a seu respeito.

O Autor


DE GRACILIANO A JOTA

Durante muitos anos, Palmeira dos Índios foi lembrada no Brasil inteiro não pelo seu clima saudável, pelas suas festas tradicionais ou, ainda, pela qualidade de suas pinhas e mangas de sabor inigualável, mas por um relatório, uma simples peça contábil mostrando o que o seu prefeito fez ou deixou de realizar.
O prefeito, no final da década de 30 do século passado, era Graciliano Ramos, que se consagraria como um dos maiores escritores da língua portuguesa, e a prestação de contas, em tom formal, mas pontilhado de ironia, foi enviada ao governador do Estado. Curiosamente, ninguém ficou sabendo quem era Sua Excelência, o governador, mas o nome do prefeito ganhou fama, correu mundo e acabou entrando para a história.
Mais de 30 anos depois do Mestre Graça, no final década de 60, outro prefeito faria época em Palmeira e entraria para a história de Alagoas pelo somatório de sua admirável obra e pelo singular exemplo de homem público e cidadão comprometido com a ética e a probidade: Jota Duarte.
Aliás, coube ao prefeito Jota Duarte uma meritória iniciativa voltada para a cultura - a de fundar a Casa de Graciliano Ramos, exatamente no imóvel onde o celebrado romancista morou. Mais do que uma homenagem ao autor de Caetés, Vidas Secas e Angústia, a Casa representa uma referência cultural e uma atração para os que visitam a Terra dos Xucurus.
Na política, mesmo quando não vigora o instituto da reeleição para cargos executivos, e os mandatos, por isso, precisam ser alternados, ‘prefeito bom é prefeito que se reelege’, porque reconhecido pelos eleitores. E Jota, como o próprio Graciliano, foi conduzido duas vezes à chefia da Municipalidade palmeirense, fato que por si já atesta a importância de seu trabalho administrativo.

O ESTILO JOTA DUARTE

Cada político tem sua maneira própria de atuar, sua forma de proceder, de lidar com as pessoas, de se manifestar em público. É o estilo, marca que o acompanha por toda a vida como uma identidade pessoal, um traço que, não raro, o diferencia dos demais. Jota Duarte, nesse particular, fez época com o seu jeito peculiar de se relacionar como chefe de família, como amigo e, especialmente, como político.
Desde o início, vereador e depois prefeito em Palmeira, percebeu que as pessoas – os eleitores – gostam de ser tratadas com mesura e atenção. “Logo me dei conta de que, entre o político e o eleitor, o mais importante é este último”, diria Jota numa de suas reflexões a um grupo de amigos.
Disse-o e pôs em prática ao longo da vida, com razão de sobra, porque o político, esteja onde estiver, ocupe o cargo que ocupar, não se elege com o próprio voto. Elegem-no o cidadão e a cidadã pobre e humilde cujo voto, por imperativo soberano da Democracia, vale tanto quanto o dos ricos e dos próprios candidatos.
Por isso, em todas as circunstâncias da vida pública, Jota foi um ouvinte atento e paciente. Jamais considerou perda de tempo ouvir os que o procuravam, e até se deu conta de que, muitas vezes, inopinadamente, acabava ouvindo inconfidências e se inteirando de coisas que lhe diziam respeito.
No Parlamento, agiu sempre de forma estudada. Discutia temas com os assessores, planejava os discursos – objetivos, substantivos – e os apresentava da tribuna fazendo leitura com singular eloquência. Numa Assembleia Legislativa dada a conchavos e intrigas, Jota ficou conhecido pela sua aversão a cochichos e fofocas. Também nunca ‘perdeu tempo’ com politicagem, com picuinhas, para usar um termo recorrente de Graciliano, daí porque a imagem que deixou na Casa de Tavares Bastos foi a de um legislador metódico e operante.
A ‘coragem pessoal’ não era um de seus traços, até porque era não afeito a brigas, não gostava de discutir e muito menos de ‘bater boca’, mas era amigo, leal e solidário. Nessa linha, topava qualquer parada, assumia posições firmes e ousadas, em defesa do que julgava como certo.
Em julho de 1997, no clímax da crise institucional no Estado, quando se tentou decretar o impeachment do governador Divaldo Suruagy, seu amigo e correligionário, Jota Duarte assumiu posição franca e aberta: “Ninguém vai depor o governador”. Não houve impeachment, Divaldo Suruagy se licenciou do cargo, dando lugar ao vice Manoel Gomes de Barros, e no final do ano, por livre e espontânea vontade, renunciou ao governo – verdade histórica que muitos, por desinformação dos fotos ou por despeito pessoal, insistem em negar.


UM POLÍTICO SEM DERROTAS

Em um Estado conhecido por sua tradição dinástica, em que famílias tradicionais se perpetuam por meio da sucessão hereditária, da transmissão do poder de pai para filho, fazer política ‘por conta própria’ não é tarefa fácil. É desafio ingente, mormente para os poucos que, sem legado familiar, se determinam a transformar a atividade pública em verdadeiro objetivo de vida.
Jota Duarte, por sua origem e condição pessoal, encaixa-se no seleto grupo de alagoanos que, arrostando dificuldades, ousou fazer da política uma ferramenta de trabalho para servir ao povo. Para homens como Jota, ao conquistar um cargo público eletivo, o político deve sempre ter em mente que o seu papel “é servir, e não ser servido”. E a história tem demonstrado que os que assim pensam e agem, conseguem ao menos vida pública longeva.
Mas Jota não se notabilizou apenas pelo longo período em que esteve exercendo mandatos eletivos os mais diversos, em Palmeira e em Maceió. Outros o conseguiram. Sua proeza – sem paralelo em Alagoas – foi passar mais de quatro décadas fazendo política sem nunca perder uma única eleição. Qual o segredo do sucesso perseguido, mas jamais alcançado pelos concorrentes? “Fazer política para servir, fazer bem feito, com entrega, com humildade e boas intenções”, cansou de repetir a tantos que buscaram compreender e assimilar sua fórmula infalível.
Com efeito, Jota foi um inigualável campeão eleitoral, não um recordista de votos – feito que exige muito mais do que trabalho, vocação e destino – mas um recordista de mandatos: vereador duas vezes, presidente da Câmara Municipal de Palmeira; prefeito duas vezes e deputado estadual seis vezes, além da presidente da Assembleia Legislativa. Onze eleições, onze mandatos diversos e onze vitórias. Nunca, uma suplência. Sempre foi o titular de seus mandatos, jamais substituto ou sucessor de um eleito ‘de primeira’.
Bastaria tal façanha para transformá-lo em personagem ímpar da vida pública alagoana, contendor imbatível nas disputas eleitorais, mas Jota ainda se superou conquistando outros ‘mandatos indiretos’ no terreno da sucessão familiar. Foi assim que, encerrando seu próprio ciclo no final dos anos 90, manteve seu espaço político ao eleger o filho Fernando Duarte, conceituado cirurgião, para assumir a cadeira que ocupara no Poder Legislativo Estadual. Enquanto o médico, tímido e apolítico, exercia a deputação por duas legislaturas, Jota ainda conquistaria vagas na Câmara de Vereadores de Maceió, primeiro com o filho Raimundo Gaia Duarte, depois com o neto Diogo Gaia Duarte, este eleito vereador pelo Partido dos Trabalhadores. Dois grandes feitos em plena caminhada rumo à aposentadoria. Eleição proporcional em Maceió é desafio hercúleo. Divaldo Suruagy, prefeito, deputado, senador, governador três vezes, costumava dizer: “É mais fácil ser governador do que chegar à Câmara de Maceió”. Exagero? O senador Renan Calheiros não elegeu o irmão Robson, o próprio Suruagy não elegeu o primo Roberto (Suruca) e o senador Benedito de Lira, no auge da carreira, não elegeu o sobrinho César Lira.

GOVERNADOR DE ALAGOAS

Quando Jota Duarte elegeu-se deputado estadual pela primeira vez, em 1978, a Assembleia Legislativa de Alagoas era o que se podia chamar de ‘poder comportado’, uma instituição enxuta, sem sinais de empreguismo e, uma curiosidade, sem duodécimo.
Sim, porque até os anos 90, os poderes do Estado eram mantidos sem a verba própria chamada de duodécimo, ou seja, a parcela mensal depositada na conta bancária de cada poder. As despesas com pessoal e manutenção eram comunicadas à Secretaria da Fazenda, que se incumbia de pagá-las.
Para se ter uma ideia da contenção então vigente, quando Jota assumiu seu primeiro mandato legislativo não havia assessores nos gabinetes. Os primeiros cargos comissionados (cinco para cada gabinete) só foram criados para provimento a partir de 1983. Até ali, o deputado contratava o assessor informalmente e o remunerava com dinheiro do próprio bolso.
Com seu jeito envolvente e uma retórica privilegiada, o político vitorioso de Palmeira logo fez valer sua capacidade de liderança obtendo apoio até de parlamentares veteranos para, paulatinamente, ir escalando a hierarquia do Poder Legislativo até ser eleito presidente, depois de passar pela poderosa Primeira Secretaria.
De espírito conciliador, Jota destacou-se no âmbito parlamentar por manter a harmonia entre os poderes, mas também por dedicar considerável parte de seu tempo a produzir projetos e indicações reivindicando obras e ações para a região de Palmeira. Foi, por isso mesmo, um recordista em proposições priorizando a saúde, a educação e a agricultura de sua terra.
Na presidência da Assembleia, notabilizou-se pela moderação de seus atos. Ajudar os amigos, sim, mas sem extrapolar, sem ferir a lei. Nos idos de 1996, um amigo jornalista, servidor de nível médio da ALE, pediu-lhe um símbolo superior. Jota quis saber: “Você tem diploma universitário?” Poucos, já então, com a caneta na mão, se importariam em saber se o amigo tinha ou não curso superior.
Foi nesse período que, na ausência do governador Moacir Andrade (sucessor de Fernando Collor, que renunciara para disputar a Presidência da República), Jota Duarte assumiu o governo do Estado por quase 30 dias, lapso em que o titular do Executivo cumpria missão no exterior.
Era a consagração. O palmeirense simples, o autodidata que aprendeu sem frequentar centros acadêmicos, o homem humilde que se projetou sem ser herdeiro político, assumia o cargo mais importante do Estado, só ocupado ao longo da história por personagens centrais de grandes conquistas eleitorais.

IGUAL, MAS DECISIVO

O prolongado exercício da atividade parlamentar, iniciada na Câmara Municipal de Palmeira e sequenciada em sucessivos mandatos na Assembleia Legislativa Estadual, sedimentou em Jota Duarte a convicção de que o Legislativo, pelo caráter precedente de seu trabalho, é o mais importante dos Poderes.
- Pelo seu papel de produzir leis, de originar legislações, de abrir caminhos para serem percorridos pelos demais – e pelo conjunto da sociedade – o Legislativo funciona como um Poder que precede aos demais, daí o reconhecimento de sua primazia – já dizia Jota em seus tempos de deputado estadual.
Como que ‘puxando brasa para sua sardinha’, mas se manifestando como alguém já que ocupou também cargos executivos (de prefeito de Palmeira e de governador do Estado em regime de interinidade), Jota costumava exaltar a ‘supremacia’ do Legislativo lembrando que todos os passos do Executivo são dados por rotas traçadas nas Casas Legislativas.
- E o Judiciário? Cumpre as leis que as Câmaras Municipais, as Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional aprovam. São os vereadores, os deputados (estaduais e federais) e os senadores que gestam as leis, que discutem propostas e transformam sugestões e ideias em diplomas legais que passam a ser observados e instrumentalizados pela sociedade.
Para Jota Duarte, sempre que a Nação decide se renovar partir de um novo ponto inicial em busca da modernidade e de transformações que conduzam a sociedade a novos tempos, tudo começa no Parlamento com a implantação de uma Assembleia Nacional Constituinte. “O que temos hoje, em matérias e leis, de normas, de direitos e deveres, o que temos hoje em vigor adveio da Constituição Federal gestada e promulgada em 1988 pelo Congresso Nacional”.
Ainda para demonstrar o poder de decisão do Legislativo, Jota lembra que os projetos de lei, uma vez votados e aprovados pelos legisladores, podem ser vetados pelo prefeito, governador e presidente da República, mas compete ao Legislativo dar a palavra final, mantendo ou derrubando o veto. “E quando o Executivo não veta nem sanciona, o Legislativo tem a competência constitucional de promulgar”.


ENTREVISTA

A visão de Jota sobre a atualidade

Há poucos meses, no início de 2015, procurei Jota para uma entrevista e ele falou, espontâneo e calmo, como de costume. Não foi uma entrevista do tipo convencional, com perguntas elaboradas, ou no estilo pinga-fogo em que o personagem fica bitolado a responder quase que apenas sim ou não. Fui derramando os temas, assuntos atuais sobre Alagoas, o Brasil e o mundo – e um Jota Duarte muito bem sintonizado, com o espírito aberto e o equilíbrio de sempre, foi comentando um a um livremente. Eis o resultado.

Alagoas
Poderia estar melhor. Temos um grande potencial – agricultura, pesca, minérios, gás natural, petróleo, salgema, açúcar e etanol, sem falar no turismo – mas não podemos ficar só no potencial. É preciso investir mais nos setores de produção para desenvolver a economia e gerar empregos, melhorando as condições de vida da população. Precisamos investir mais na educação, formar e qualificar as novas gerações para, com isso, com a juventude evoluindo mais preparada, o Estado precisar menos de hospitais, gastar menos com saúde pública. Educação também é saúde, só que no sentido preventivo, o que é fundamental.

Divaldo Suruagy
O grande líder. Alagoas não seria o que é, hoje, não fosse por Suruagy. Poucos entenderam, mas, ao investir no turismo, Suruagy abriu as portas do Estado para o mundo. Seu raciocínio foi perfeito: o que fazemos quando convidamos alguém para nos visitar? Arrumamos nossa casa. Então, Suruagy lançou o Polo Turístico, que decolou com a expansão da hotelaria a partir da construção do Hotel Jatiúca. Para receber visitantes, para acomodar bem os turistas, o Estado teve de investir, teve de se arrumar e se desenvolver. Além de possuir uma grande visão desenvolvimentista, Suruagy foi um homem bom, generoso, que pensava mais no povo do que nele próprio ou na família. Sua morte me causou profunda tristeza. Deixou uma lição, um exemplo a ser seguido pelos homens públicos de nossa terra.

Assembleia Legislativa
Não é mais a mesma, mudou com os tempos, mas tem um papel fundamental a cumprir em nome da sociedade alagoana. Quando me elegi deputado pela primeira vez, no final dos anos 70, nem assessores tínhamos. Até os anos 90, a Assembleia não tinha sequer duodécimo. Recebíamos os recursos para manutenção e a folha salarial era paga diretamente pela Secretaria da Fazenda, depois de passar pela Secretaria de Administração. Acho que a disputa eleitoral pelo mandato, cada vez mais acirrada, criou distorções, alterou comportamentos. Aprendi que a gente chega ao Parlamento para servir, e não para ser servido. A Assembleia precisa se readequar, se reencontrar e voltar a ser a Casa do Povo, voltada, sobretudo, para os interesses maiores da população.

Reforma política
Uma necessidade premente. Estou fora do processo político há anos, mas entendo que muita coisa precisa mudar. O voto proporcional deve acabar – pois elege quem não tem voto, e derrota quem tem -, urge controlar mais os financiamentos e os gastos de campanha, a reeleição para cargo executivo deve acabar, ampliando-se os mandatos, precisamos do voto distrital e devemos fazer um debate amplo, aberto, sobre temas polêmicos como o fim do voto do analfabeto e a obrigatoriedade do voto. Agora, a reforma vai sair? Vai ser como a sociedade quer? A gente ouve falar dela toda vez que termina uma eleição...

Economia

Vai mal, muito mal. O Plano Real, que trouxe a estabilidade e domou a inflação, está avariado. Os preços estão subindo muito rapidamente e isso pode trazer de volta a velha corrida entre preços e salários – consequência mais grave de todo processo inflacionário, porque os preços sempre ganham e, com isso, quem perde, (in)justamente, são as camadas mais pobres. A história nos ensina, mas, infelizmente, os governantes não aprendem: não adiantar represar preços, como foi feito em 2013/2014, porque, mais adiante, eles pipocam e produzem inflação dobrada. Não é preciso ser economista para entender isso. Para evitar as crises periódicas, que sempre irrompem por causa da economia combalida, o Brasil precisa colocar o interesse do povo acima dos interesses dos partidos e dos políticos.

Violência
Uma praga, uma tristeza. Nunca se viu tanto violência, tanto crime. A criminalidade, disseminada por todo o território nacional, cresce com o apoio do ‘mal do século’ – as drogas que estão destruindo nossos jovens cada vez mais jovens. Na minha avaliação, o Brasil só deterá a escalada da violência se conseguir dois objetivos: impedir o comércio clandestino de drogas e acabar com a impunidade, esta, sim, a mãe de todos os males nacionais. Precisamos de mais escolas, e não de mais prisões. Quanto a Alagoas, nossa terra, tem que acabar com a ‘cultura da bala’. Temos de resolver nossos problemas, nossas diferenças, com diálogo, com entendimento, e não dos destruindo mutuamente.

Corrupção
É o grande estigma das sociedades modernas. Aqui, no Brasil, sempre houve desvios na gestão pública, mas esse problema ganhou uma dimensão absurda dos anos 2000 para cá. Na raiz da corrupção está a impunidade, cuja rima faz muita gente confundir com imunidade. A impunidade leva o indivíduo a acreditar que o crime compensa. Não particularizo, não cito sequer episódios emblemáticos, porque entendo que a corrupção virou um mal epidêmico que se alastrou pelo país corroendo a estrutura administração em todas as esferas. Precisamos dar um basta nos desmandos, na rapinagem do dinheiro público, causa direta da falta de recursos para setores vitais da sociedade como educação, saúde, habitação, segurança, estradas e outros.

Papa Francisco
Um revolucionário. Veio para restaurar o princípio de que a Igreja Católica, em que pese a opulência de seus templos e o peso de sua riqueza patrimonial, é a Igreja dos pobres. Não a Igreja da pobreza, mas dos pobres. Convém sempre distinguir o pobre, que é o ser humano carente, sem recursos, da pobreza, que é a condição, a ruína material dos que nada possuem. Ao escolher o nome de Francisco, inspirado em São Francisco de Assis, o papa argentino universalizou-se e deu novo rumo à Igreja. Sua postura passou a ser respeitada e reconhecida pelos povos do mundo, assim como pelos grandes estadistas do planeta. É um pontífice carismático, como o foi João Paulo II, mas infinitamente mais franco e aberto. Um papa especial. A Igreja de Roma precisava de um líder como Francisco. A escolha do cardeal Jorge Mario Bergoglio para suceder Bento XVI foi um presente de Deus.


CRÔNICA – UMA SÍNTESE BIOGRÁFICA

Pesquisando a vida de Jota Duarte, deparei-me com uma crônica intitulada ‘Um dos maiores políticos palmeirenses’, publicada no jornal ‘Correio do Sertão’ em 1º de setembro de 1968. Seu autor: Luiz Byron Passos Torres, intelectual, homem de comunicação. Logo inferi que este trabalho ficaria incompleto sem o texto de Byron, que transcrevo na íntegra a seguir.
Nesta crônica de hoje, falaremos de um homem que colocou Palmeira dos Índios como sua meta prioritária e a ela dedicou sua vida. Parte desta matéria foi tirada de outra crônica escrita pelo historiador Luiz B. Torres.
Trata-se de José Jota Duarte Marques, ou simplesmente Jota Duarte, como é mais conhecido. Filho do casal Antônio Marques de Amorim e Ana Adelaide Duarte, tendo como irmãs Maria Luiza Marques de Albuquerque e Rosa Duarte Herculino.
Seus pais eram de família humilde, porém tradicional, em nossa região. Tendo nascido com um problema oftalmológico, congênito, e não havendo em Palmeira especialista para o caso, teve que procurar solução para o problema na capital do Estado, onde foi submetido a algumas intervenções cirúrgicas, pois corria o risco de perder por completo a visão.
Em Maceió, permaneceu aproximadamente quatro anos, tempo esse que durou o tratamento que lhe deixou curado. Lá, foi acolhido por uma tia sua, que lhe deu hospedagem e apoio. Graças ao Dr. José Lyra, oftalmologista e amigo da família, o tratamento foi bem sucedido.
Enquanto aguardava a conclusão do tratamento, ol garoto de 13 anos de idade, ainda sem estudar e não dispondo de recursos para se manter, aceitou o convite para trabalhar em uma fábrica de vinagre (Vinagre Estrela), localizada na Rua da Alegria, onde hoje funciona a sede da Telasa. Seu trabalho consistia em comprar garrafas vazias para serem utilizadas no engarrafamento do produto. Designado para trabalhar nas ruas de Mangabeiras e Bebedouro, o jovem comprador de garrafas usava o estribilho utilizado para chamar a atenção de quem as tivesse para vender: “Garrafa e meia garrafa... Quem tem garrafa?”. Esse trabalho era executado com uma carrocinha de mão e lhe rendia o suficiente para, nos fins de semana, ter o dinheiro do sorvete e do cinema.
Retornando a Palmeira dos Índios a situação econômica-financeira de seus pais permanecia a mesma, porquanto não estavam obtendo sucesso no ramo de padaria, e passaram a comercializar com o abate de gato, que era retalhado e vendido no marcado público da praça da Independência. Sua mãe se preocupava com o fato de seu filho, ainda naquela idade, somente conhecer as primeiras letras que, na sua infância, lhes foram ministradas pela professora Antônia Macedo. Ao tempo em que a preocupação de sua genitora se voltava para os estudos do filho, sentia também a necessidade de vê-lo trabalhar. Na época, Aristeu Cavalcante, estabelecido com loja de tecidos na Rua Fernandes Lima, foi solicitado por Dona Ana, sua irmã, a aceitar Jota como empregado. A quantia que Jota percebia era de 800 réis por semana, que lhe garantia os seriados dos sábados no Cine Palmeirense.
A vontade de crescer na vida fê-lo tomar gostos pelos estudos que teve continuação no Grupo Escolar Almeida Cavalcante, onde concluiu o curso primário.
Anos depois seu tio resolveu vender a loja a Osório Moraes e se transferir para Recife, querendo levar Jota para trabalhar com ele. Jota preferiu não mais ser o empregado e sim, progredir por si só. A vontade de vencer na vida sempre lhe foi crescente. Com o objetivo de iniciar uma atividade própria, solicitou um crédito na loja onde trabalhou, o que lhe foi concedido. Jota passou a vender, de porta-em-porta, em prestações, corte de tecidos, guarda-chuvas, casacos de lã, etc...etc.., estabelecendo-se, inicialmente, em sua residência na Rua Tobias Costa, tendo como balcão de venda a janela de sua casa.
Algum tempo depois, começou a fazer teatro em Palmeira. Um belo dia, ele e o elenco, foram apresentar uma peça na vizinha cidade de Santana do Ipanema, onde conheceu uma moça, sua conterrânea, que por coincidência, ali se encontrava. Era Dona Ivonete Vieira Gaia, filha de uma tradicional família palmeirense. O cupido foi o responsável pela atração que um teve pelo outro. O namoro veio imediato. Após três anos aproximadamente, aconteceu o matrimônio. Tinha ele, na oportunidade, 21 anos de idade.
As novas responsabilidades advindas com o casamento aumentaram, porém, agora, ele tinha alguém para ajudá-lo. Como bom vendedor Jota progrediu com facilidade. Seu capital de giro aumentava e assim, ele resolveu se mudar. Alugou uma residência na Rua Floriano Peixoto, que na época já era centro comercial, tendo ainda a janela de balcão de negócio.
A família começou a aumentar. Vieram Ana Lúcia, Maria do Amparo (Maninha), Alexandre, Tereza, Fernando, Raimundo e Elizabethe.
Osório Moraes resolveu mudar de ramo. Fez uma proposta a Jota. Caso ele quisesse adquirir seu ponto comercial, dar-lhe-ia um prazo de sessenta meses para liquidar a compra e o volume de mercadoria existente seria feito uma composição com os fornecedores. Um verdadeiro negócio da China, principalmente para quem pouco tinha. Jota não titubeou. Fechou negócio. O alimento diário de Jota era se projetar em Palmeira. O estudo porém, lhe fazia falta. Daí resolveu matricular-se no antigo Colégio Pio XII, dos padres do Sagrado Coração de Jesus, onde concluiu o ginásio. Trabalhava durante o dia e estuda à noite em salas de aulas iluminadas por candeeiros à base de querosene, pois naquela época a Princesa do Sertão não dispunha de energia elétrica. Adquiriu, assim um diploma que tanto almejou.
Sua perseverança e força de vontade fez com que Jota tivesse destaque no comercio local.
Foi tesoureiro e presidente por 7 anos na Sociedade de São Vicente de Paulo, onde juntamente com outros vicentinos tais como João Neto de Medeiros, Luiz B. Torres, Rosalvo Damiao, Eduardo Dias, Laércio Almeida, Mestre Cicero, Alberto Melo ( Tenente Senhor ), Aristides Balbino e muitos outros, conheceu de perto as maiores necessidades das famílias mais carentes de Palmeira dos Índios.
Em 1961 fez parte de um movimento político denominado “Movimento Renovador “ que lhe abriu às portas da vida pública. Em 1962 foi eleito vereador num pleito memorável e em seguida eleito presidente da Câmara. Em 1965 foi eleito prefeito de sua terra natal, terminando esse mandato em 31 de janeiro de 1970, quando foi convidado pelo então Governador Lamenha Filho para presidir a Cobel em Maceió. Em 1973 Jota volta a Palmeira e se candidata novamente a prefeito. É eleito pela segunda vez, concluindo esse mandato em 1976, após o que é convidado pelo então Governador Divaldo Suruagy a assumir em Maceió, a diretoria administrativa da COHAB Alagoas.
A partir do ano de 1978, foi eleito por cinco vezes consecutivas Deputado Estadual, sem nunca ter conhecido uma derrota eleitoral. No exercício de Deputado Estadual ocupou a 4ª Secretaria, posteriormente foi eleito 1º Secretário, culminando com a eleição de Presidente do Poder Legislativo e, de forma interina, assumiu o Governo de Estado de Alagoas.
Como Prefeito de sua terra natal trabalhou muito pela saúde pública; calçou vários logradouros; construiu praças, açudes, poços artesianos; instalou postos telefônicos em vários povoados e distritos do município; eletrificou alguns bairros da cidade, bem como diversos; construiu casas populares, a exemplo do Jardim Brasil, assentando na oportunidade de 188 famílias; adquiriu por compra, a primeira moto-niveladora do município, e com ela construiu inúmeras estradas; investiu na agricultura e fez da educação sua maior meta de governo, construindo, ampliando e recuperando várias unidades de ensino; promoveu grandes festas populares, do melhor carnaval ao mais bonito natal; criou eventos de grandes importância tradicionais, quais sejam a Festa do Amendoim, A Festa da Pinha, exposições agropecuárias, visando vocacionar a cidade para a indústria do turismo. Jota até hoje, apesar dos cargos que ocupou, continua um homem simples. Suas atitudes são um grande exemplo para seus filhos e o seu amor por Palmeira enche de orgulho todos aqueles que acompanharam a trajetória de sua vida. Obrigado Jota Duarte.

PREFEITO - O CONJUNTO DA OBRA
(1º mandato)

O texto que segue é um resumo das principais obras e realizações de Jota Duarte nas duas vezes em que foi Prefeito de Palmeira dos Índios. Publicada por iniciativa de amigos, a prestação de contas tem apresentação do próprio Jota.


Depois de quatro anos de incansáveis atividades frente ao Poder Executivo de nossa terra, atendendo à confiança de quantos nos escolheram e de todos que compõem a comunidade deste Município, cumpre-nos, ao término do nosso mandato, o dever de apresentar ao povo, os sinceros agradecimentos pelo incentivo, pela compreensão e pelo apoio que constituíram o suporte indispensável às numerosas obras que tivemos a ventura de realizar.
Sentimo-nos tranquilo e consciente por sabermos ter cumprido o dever, ainda que à força de pesados sacrifícios, inclusive renunciando a todos os interesses pessoais.
Os esforços empreendidos, neste quatriênio, foram todos e exclusivamente dedicados às necessidades do município e do povo palmeirenses. Jamais deixamos de acolher com atenção e carinho especiais, aos de menos favorecidos pela sorte, que tantas vezes bateram à nossa porta,, altas horas da noite, em busca de socorro para um seu familiar que sofria ou agonizava. Tivemos como lema de nossa a administração, SERVI A TODOS, sem distinção de cor política ou partidária; em tempo algum nos faltou a paciência, a todos recebemos de braços abertos, com educação e respeito. A liberdade de crítica de pensamento e de conceitos, foi o sustentáculo para a paz e a tranquilidade que reinam no seio das nossas famílias.

JUSTIÇA SOCIAL E NUMANA
A justiça social e humana, assinalam, com uma tônica bem forte, as atenções que dedicamos ao funcionalismo público, outrora mal remunerado desassistido, agora percebemos salários mais condignos, mais humanos e justos, que correspondem à dedicação e ao valor do seu trabalho.
Também por justiça social, não nos faltou o estímulo e a coragem suficiente para assegurar aqueles que não tinham a casa própria o benefício de que hoje desfrutam os habitantes do Jardim Brasil e Parque residencial São Francisco, que bem dizem da nossa humana e cristã filosofia de governo. Mesmo aqueles que vivam em tal abandono, relegados ao sol e à chuva, tem hoje a sua casa própria, pois o campo em que ora ergue, feliz e risonha, a Vila João XXIII, orgulho da iniciativa e da perseverança da Sociedade de São Vicente de Paula, traz a marca de nossa decisiva participação, seja doando o terreno, seja assistindo ], de modos diversos, a marcha de toda sua construção, até a energia elétrica.

ASSISTÊNCIA AO HOMEM DO CAMPO
O homem do campo, bravo construtor de nossa economia e alicerce do desenvolvimento citadino, não poderiam ficar à margem da nossas preocupações. Por isto mesmo, conhecedor que somos de que o município é essencialmente agrícola, não vacilamos em adquirir uma máquina motoniveladora para construir as estradas que, atualmente encurtam as distâncias e nos aproximam mais, de uma extremidade a outra, e em todas as direções. Tamanho empreendimento vem proporcionar o escoamento fácil da produção e dar-lhe ao camponês, mais segurança e tranquilidade em receber a assistência médico-hospitalar e dentária. Uma Kombi com gabinete odontológico e outra servindo de ambulância foram adquiridas através do INDA e do Ministério da Saúde, para atender aos reclamos dos nossos rurícolas.
Complementando o nosso trabalho neste setor, demos ênfase à solução do problema da água, toa necessária quanto precioso para a subsistência humana. Poços tubulares, em número de sete, foram perfurados em convênio com DNOCS, e seis pequenos açudes foram construídos com dois tratores de esteira adquiridos pelo Município através do INDA, assim desfazendo ou reduzindo a possibilidade de nosso homem do campo emigrar para outras terras.
Também a zona urbana, com relação ao abastecimento d’água ---problema dos mais sérios e angustiantes----mereceu uma especial diligencia de nossa parte. Em se tratando de uma solução gritante e imediata, e tendo em vista os parcos recursos do Município, o caminho mais lógico e viável foi aceitar que a CASAL assumisse a responsabilidade de nosso serviço d’água , do que estamos convencido ter tomado medida certa e inteligente.
Dando integral apoio às obras beneméritas do nosso caríssimo bispo diocesano, D. Otávio Aguiar, tivemos a grata satisfação de somar esforços ao gigantesco trabalho do ilustre prelado e amigo, doando terrenos para a construção de centros sociais, do que vale citar: Canafístula, Palmeira de Fora, e a ampliação do Centro de Vila Maria, realizações que hoje faturam os melhores resultados no setor social e promocional de nossa gente.
Dentre as nossas contribuições, oferecemos ainda o material humano necessário para melhor atendimento às suas inúmeras atividades pastorais. O nosso esforço, também se fez evidente nas démarches junto às autoridades do INPS, que aqui instalaram uma unidade de assistência, hoje enriquecida com a inauguração de uma Agencia Regional.

COMUNICAÇÕES
No campo das comunicações, o nosso empenho se fez presente, não faltando ao apelo das Companhias Telefônicas de Alagoas e Palmeira dos Índios. Para atendê-las, tivemos que desapropriar um terreno e doá-lo para a instalação do serviço de micro-ondas, bem como levar a energia elétrica do Alto do Cruzeiro até o morro do Capela.
Atendendo às solicitações dos habitantes de Palmeira de Fora, colocamos um telefone público que satisfaz as necessidades da população do bairro.
Em se tratando ainda de comunicações, correspondemos aos ensaios do povo da cidade, que clamava por uma estação repetidora de TV. Para isto, doamos um terreno e mantivemos funcionário.

ELETRIFICAÇÃO
A energia de Paulo Afonso, que gera progresso e constitui conforto, dando acesso a novos horizontes para o desenvolvimento econômico, quer na cidade, quer no campo, teve de modo acentuado, uma importância predominante na gestão que agora se finda. Encontramos a cidade com oitocentos e cinquentas postes de iluminação pública. A maioria dos bairros ainda no escuro. Não poderíamos ficar insensível as semelhantes conjuntura.
Necessário se fazia ter a coragem de enfrentar o problema, relegando a segundo plano, aquele de fachada, que realçam aos olhos dos menos apercebidos, e mais de mil novos postes iluminam agora toda cidade, rica e pobre, perfazendo assim um total de 1860 pontos de luz.
Os povoados onde habitam os nossos irmãos mais sofredores e quase sempre esquecidos, também tiveram a sua vez. Aí estão: Canafistula, Povoado Estrela, Lagoa do Caldeirão, Palmeira de fora, Serra de São José e Serra da Boavista, alegres e felizes pelo o advento da energia elétrica.
A nossa parcela de contribuição se estendeu e se fez sentir também na organização da Cooperativa de Eletrificação Rural. Que digam as autoridades estaduais e do Instituto de Desenvolvimento Agrário, do nosso empenho e trabalho em face ao problema.

EDUCAÇÃO
A percepção de educar é construir e desenvolver a própria nação, em plena fase de desenvolvimento, nos impediu a dispender energias tais que representassem um esforço total e consciente no campo cultural e educacional do Município.
O ponto de partida foi a instituição da FACEPI, orgulho de nossa administração, a qual coordena o ensino primário e assiste à cultura, com interesse e eficiência.
O quadro de professores foi notadamente ampliado os quais somavam apenas oitenta e seis, índice bastante deficiente para suprir as necessidades de um Município que tanto reclamava assistência, dedicação e coragem para crescer e fazer-se o modelo das Alagoas. Hoje, porem dispomos de cento e trinta e quatro educadores, todos percebendo salario bem superiores aos minguados de tempos atrás, além de cerca de vinte professoras tituladas que lecionam na zona rural, às expensas da Secretaria da Educação: resultado de nosso esforço junto aquele conceituado órgão governamental.
E mais: diversos cursos de aperfeiçoamento foram realizados; aulas são ministradas, semanalmente, com a finalidade de elevar o nível intelectual, e pedagógico do magistério. Quatro prédios escolares modernos e bem construídos foram edificados em convênio com o MEC, na Serra da Boa Vista do Bonifácio, Uruçu e Serra do Candará, para prover as imperfeições do ambiente e melhor servir a família do nosso agricultor. Além disso , temos adquiridos sete terrenos que aguardam a construção de novas sedes escolares, assim como temos uma construção já em ponto de madeira, no sítio Lagoa da Areia do Ciríaco.
Dentro deste espírito, é que também consertamos e recuperamos sete outras unidades escolares nos povoados de Cururipe da Cal, Gavião, Moreira, Lagoas de Canafistula, Sobradinho, Anum Velho e Caldeirão de Cima, não faltando o necessário equipamento para Serra da Boa Vista e Barra de Bonifácio, como também as restaurações de muitos outros mobiliários.
Num programa de assistência escolar, foi-nos possível distribuir, todos os anos, como ajuda, alguma parte do material didático necessário ao bom desenvolvimento da aprendizagem.
Para o ensino médio, não nos negamos a conceder anualmente cerca de trinta bolsas a jovens, cujas dificuldades tolhiam os desejos de crescer pelo estudo.
De igual modo, recuperamos a biblioteca municipal, oferecendo à comunidade estudiosa de Palmeira dos Índios melhores condições de ambiente e de cultura para o desenvolvimento integral do corpo e do espírito da nossa gente.
Paralelamente, conseguimos para escolas rurais, onze bibliotecas, doação da COLTED.
A reconstituição da escola de músicas, mereceu o nosso acatamento e o nosso carinho, conhecedores que somos da alma alegre e comunicativa dos palmeirenses.
Fruto de atividades desenvolvidas junto ao governo estadual, conseguimos, através da Secretaria dos Negócios da Educação e Cultura , a restauração e ampliação dos vários estabelecimentos escolares da cidade, assim como, a doação do mobiliário e acessórios domésticos à casa do professor, por nós desapropriada na Serra de São José.
A campanha Nacional de educandários da Comunicação e a Conferência Vicentina de São Cristóvão , foram instituições beneficiada com doação de terrenos para a edificação de estabelecimento educacionais.

ABASTECIMENTO E TRANSPORTES
Não fugiu ainda de nossa lembrança o retrato do velho açougue público construído nos idos de 1919, já obsoleto e anti-higiênico. Naquele local hoje se ergue o mais moderno mercado de carne do Estado. As velhas e lentas carroças --- tradicional transporte do gado abatido---- cederam lugar a um furgão puxado por trator também por nós adquirido. Se não podemos classificar como serviço dos mais modernizados, é, pelo menos, um grande passo na preservação de nossa saúde.
O Povoado Estrela, sacudido pelo surto de desenvolvimento advindo da energia de Paulo Afonso, ficou também contemplado com um mercado de carne que corresponde às necessidades da hora presente.
Procurando contribuir para a melhoria da limpeza pública, não vacilamos em adquirir dois coletores de lixo, também puxados por trator, bem como roçadeira que mantém sempre desmatados os loteamentos que surgiram com o crescimento da cidade.
Neste setor de transporte, conseguimos através do INDA a cessão de um caminhão FNM que tem prestado a comunidade serviços de real importância. Com recursos próprio do município, compramos uma Rural Willys que serve à supervisão das obras em execução e a viagens outras de caráter administrativo.

URBANISMO
A cidade não tinha qualquer ponto de atração, uma praça sequer para fazer jus à grandeza de seu nome e de sua gente. Nenhum recanto que ajudasse a refazer, pelas noites, as canseiras do dia, ou atraísse o visitante pelas belezas de sua apresentação.
Daí, veio a nossa decisão em construir, mesmo vencendo as maiores dificuldades de ordem financeira, as praças Monsenhor Macedo, Hélio Teixeira e São Pedro, e a restauração da Presidente Kennedy, todas elas iluminadas a vapor de mercúrio, melhoramento este que se estende à praça da Independência e a várias artérias da cidade.
As ruas Chico Pinto, Vigário Maia, Mariano de Freitas, Travessa Praça das Casuarinas, Rua Chico Pinto, Travessa das Casuarinas, Rua da Alegria, tiveram suas pavimentações a paralelepípedos, benefício igualmente oferecidos à Ponte Lauro de Almeida e ao acostamento que liga o Colégio Estadual Humberto Mendes à ponte da linha férrea.
Cerca de 10 Km lineares de meio fio e linha d’água foram implantados em diversas avenidas: 15 de novembro , 20 de agosto, 7 de setembro, Salu Branco, Leopoldo Duarte, Medeiros Neto, Jardim Brasil, Manoel Gomes, Pe. Dimas ( prolongamento ), Marujo Ferreira de Castro e bairro de Palmeira de Fora.
Trinta e oito casas foram desapropriadas a fim de que rasgassem avenidas, se fizeram alargamentos ou construções.
Ainda no campo das desapropriações, conseguimos incorporar ao patrimônio do munícipio, o prédio em que funciona o Tiro de Guerra 179, mobiliado pelo erário municipal, e a residência que serve ao Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da Comarca.

OUTROS SEVIÇOS
Pela condição de município líder da Região, aqui se concentram vários órgãos e repartição públicas que em muitos auxiliam o desenvolvimento, e cujo número se viu ampliado, graças a esforços desenvolvidos nesta gestão.
Companha Nacional de Alimentação Escolar, COPAL, INDA, SAIC, foram as novas aquisições.
Vale ainda mencionar: a criação e a oficialização da Bandeira, do Barzão e do Hino do Município, que hão de lembrar sempre administração.

INDUSTRIALIZAÇÃO
Tendo em vista o muito que representa o município a implantação de estabelecimentos industriais, não nos negamos a conceder a todos os que nos procuraram as condições e os incentivos permitidos em lei. Exemplo desta afirmação é a INCOPEL, indústria de caráter germinativo, que já começa a oferecer perspectivas da sua grandiosidade e que mereceu da edilidade o apoio e o estimulo a que fez jus.

PROMOÇÕES
Visando reconstruir a imagem desfigurada de nossa terra, encetamos sérias atividades promocionais: de um lado levando o efeito exposições agropecuárias, Semanas Ruralistas, Exposição Nacional de Alagoas. Incentivando o turismo com o agigantamento do Carnaval, hoje conhecido como o mais gostoso do Nordeste; de outro lado, apresentando e representando Palmeira dos Índios em vários conclaves neste e noutros Estado da Federação, e até no exterior.

ORGANIZAÇÃO
Para que a máquina administrativa pudesse funcionar na execução dessas atividades, houvemos por bem implantar uma nova sistemática capaz modernizar os trabalhos internos, com a vantagem de oferecer maior rendimento ao funcionamento do serviço burocrático, dentro das normas exigidas pela coisa pública. Com esse objetivo, fizemos funcionar um serviço de contabilidade, criado há muitos anos, contudo paralisado por gestões anteriores. Então, não nos era possível o domínio da situação financeira e patrimonial da municipalidade.

AGRADECIMENTO
Todas estas coisas, nós as podemos realizar, graças à colaboração de vários órgãos do poder público.
Do Governo Estadual, nas pessoas do Governador Lamenha Filho, amigo nas alegrias e nas dificuldades, sempre pronto a atender aos reclamos que tivemos oportunidades de interpretar; das Secretarias de Educação, Saúde, Interior, Viação, Segurança Pública, Fazenda Planejamento, Agricultura, recebendo de cada titular as atenções e o interesse pelos nossos problemas; da COHAB-AL que nos possibilitou o crescimento da cidade e a consequente eliminação do déficit habitacional. Juntos edificamos 386 novas residências, que abrigam 386 família, antes sem casa própria e sem as mínimas condições de higiene e bem-estar; da CEAL (Companhia da Eletricidade de Alagoas) que, vencendo obstáculos e colaborando decididamente com nosso programa administrativo, nos ajudou a eletrificar toda a cidade, e mais seis povoados tendo desempenhado relevante papel na instituição e localização, em nosso município, da Cooperativa de Eletrificação Rural; do Instituto Nacional do Desenvolvimento Agrário, pela distinção que nos concedeu, escolhendo-nos com Município-Modelo do Estado e pela contribuição valiosa dos seus técnicos aos nossos anseios de assistência à zona rural; da ANCAR, que anonimamente, obstinadamente, constrói uma nova mentalidade ruralista em nosso território; do DNOCS, da CASEAL do Setor Regional da Campanha Nacional de Alimentação Escolar da Agência Regional do IBGE, da COPAL, da SUVALE da Defesa Sanitária Animal, do DENERu.
A todos queremos manifestar o nosso reconhecimento.
Menção especial fazemos nesta hora à Egrégia Câmara de Vereadores de Palmeira dos Índios, responsável tanto quanto o Executivo pelas realizações deste período de governo; à Diocese de Palmeira dos Índios, pelo trabalho desinteressado e ímpar de D. Otávio Aguiar, nosso primeiro bispo, na assistência social e humana às populações menos aquinhoadas dos nossos bairros povoados; ao Vice-Governador Sampaio Luz, pela dedicação, presteza e sensibilidade com que acompanhou e procurou nos ajudar no ingente esforço administrativo; ao Poder Judiciário, na pessoa do Dr. Pedro Luiz Antero Paes Ferrari, sempre compreensivo e solícito pela preservação e conservação da harmonia entre os Poderes constituídos; aos dedicados servidores da municipalidade, dos mais humildes varredores de rua, aos mais categorizados dos serviços burocráticos, aos que conosco continuaram na luta até o fim e aos que, por um outro motivo tiveram que se separar de nós ao longo do caminho.
Ao povo, reservamos as palavras finais de despedida. Tentamos ser, durantes estes quatros anos, o intérprete dos sentimentos da alma de todos. Dos ricos e dos pobres, especialmente; dos que lutavam e dos que sofriam; dos que não tinham emprego nem trabalho certo.
Pouco importa o cansaço que numa ou noutra hora nos tenha assaltado com a pergunta: que valeram os seus sacrifícios, as suas lutas, as suas insônias, o seu tempo, se o prêmio de todas essas coisas é a incompreensão e a injustiça?
A nós interessa apenas a convicção de ter sido útil a Palmeira dos Índios e tenho a presença de Deus na consciência como testemunha do esforço que fizemos para governar bem.
Deixamos o poder sem ressentimentos de quem quer seja, pobre, mais pobre do que antes de Prefeito, sem dúvidas incompreendidas por alguns que tiveram as suas pretensões contrariadas. Saímos com o nosso patrimônio diminuído, apenas constituído pela residência em que vivemos, por um prédio comercial adquirido em 1949, por 2 lotes de 12m por 30m, comprados em 1965, em prestações mensais, por um Título Patrimonial do Aeroclube local, por algumas ações do antigo Banco do Povo, adquiridas em 1963, por algumas outras do Banco da Produção do Estado, na época de sua fundação, por 152 do Banco Agrícola de Palmeira dos Índios no valor de NCr$ 152,00 por ações da Cia. Telefônica de Palmeira dos Índios correspondente a aquisição de um telefone e por NCr$ 5.000,00 de ações da Incopel integralizado no período de 4 anos com os últimos recursos obtidos na liquidação do meu estabelecimento Comercial.
A minha esposa e aos meus filhos as desculpas pelo empobrecimento que lhe impus nestes quatros anos.
Em nada me arrependo por ter servido a minha terra.
Para mim, o patrimônio que mais vale, o bem mais importante constituído ao longo da vida é a honra que ninguém enxovalhará e o trabalho que há de sobreviver à justiça da História.

Palmeira dos Índios, 30 de janeiro de 1970


JOSÉ DUARTE MARQUES
Prefeito


PREFEITO – O CONJUNTO DA OBRA
(2º Mandato)

EDUCAÇÃO
– Instituição da FACEPI (Fundação de Assistência Cultural e Educacional de Palmeira dos Índios);
– Contratação de 48 novas professoras;
– Construção de 4 prédios escolares, em convênio com o MEC e início da construção de um outro, já em ponto de madeira;
–Restauração de mais 7 escolas municipais;
– Aquisição de 7 terrenos para futuras construções escolares;
– Reconstituição da escola de música municipal;
– Instituição do brasão, bandeira do município;
– Restauração da Biblioteca Pública do município;
–Doação de um terreno para construção do Ginásio Francisco Cavalcante;
– Doação de um terreno para a construção da escola Vicentina da Conferência de São Cristovão;
– Aquisição e recuperação de mobiliários para diversas salas de aulas;
– Distribuição de material didático, todos os anos, às escolas da Fundação;
– Distribuição em convênio com o MEC de 11 bibliotecas da COLTED;
– Realização de cursos de aperfeiçoamento para professores;
– Promoção de exposições, palestras, cursos e peças teatrais;
– Instalações do setor Regional da Campanha Nacional de Alimentação Escolar do MEC;
– Trabalho junto à SENEC que culminaram com a restauração e ampliação dos prédios escolares da cidade;
– Concessão anual de 30 bolsas de estudos a estudantes pobres;
– Curso em convênio com a Secretaria da Saúde a parteiras práticas;
– Curso de arte decorativa em convênio com o SESC e SENAI.

URBANISMO
– Construção da Praça Monsenhor Macêdo;
– Construção da Praça Hélio Teixeira;
– Construção da Praça São Pedro;
– Restauração da Praça do Açude;
– Construção de cerca de 10km lineares de meio fio e linha d’água;
– Pavimentação e paralelepípedo das ruas Vigário Malo Chico Pinto, Travessa Chico Pinto – Praça das Cessuarinas, Travessa Rua da Alegria – Praça das Cessuarinas, Av. Mariano Freitas e Ponte do Açude da cidade e acostamento da ponte ferroviária ao colégio Estadual (lateral esquerda);
– Colocação de luminárias e vapor de mercúrio em logradores públicos e principais artérias da cidade;
– Abertura e alongamento de inúmeras avenidas;
– Colocação de plantas numerativas e nominativas em toda a cidade;
– Aquisição de prédio próprio em que funciona o TG 179, dotando-o de máquinas de datilografia e mobiliário;
– Aquisição de um telefone para a Agência do IBGE;
– Melhoria da sede da 20° circunscrição de recrutamento;
– Criação do Conselho de Desenvolvimento Municipal;
– Desapropriação de 38 casas para que rasgassem avenidas ou se fizessem alargamentos.

PROMOÇÕES
– Realização de Semanas Ruralistas e Exposições Agropecuárias com a colaboração dos diversos órgãos aqui sediados e sob o patrocínio do INDA;
– Participação na 1ª Exposição Nacional de Alagoas;
– Incentivo ao turismo, com a promoção de excedentes festividades públicas, inclusive do Carnaval;
– Melhoramentos radicais nos serviços burocráticos da prefeitura, com a implantação de contabilidade mecanizada.

ENERGIA E COMUNICAÇÕES
– Colocação de 1010 postes públicos;
– Iluminação dos povoados Estrela, Serra de São José, Lagoa do Caldeirão, Serra da Boa Vista, Palmeira de Fora, Vila de Canafistula e alto da Capela; para atender ao serviço de micro-ondas e repetidora de TV ali instalados;
– Doação de terreno para ambos os serviços citados.

TRANSPORTES
– Aquisição de uma moto niveladora HUBER-WARCO;
– Aquisição de um trator WALMET;
– Aquisição de uma rural WILLYS;
– Obtenção, através da INDA, de um caminhão FNM e 2 tratores de esteira;
– Construção de mais de uma centena de quilômetros de estradas que cortam o município em todos os seus quadrantes;
– Conservação do Aeroporto e construção de abrigo para passageiros.

SAÚDE E BEM ESTAR SOCIAL
– Aquisição através do INDA de um consultório odontológico volante, para atendimento domiciliar do homem do campo;
– Aquisição de uma ambulância através do ministério da Saúde;
– Compra de um fogão para transporte de carne verde;
– Melhoramento do matadouro público;
– Construção do mercado de carne da cidade;
– Construção do mercado de carne do povoado Estrela;
– Perfuração de 7 poços tubulares, em convênio com o DNOCS;
– Construção de 6 açudes na zona rural;
– Construção de 2 coletores de lixo e de uma roçadeira com tração mecanizada;
– Construção do Jardim Brasil, em convênio com a COHAB – AL BNH;
– Desapropriação do terreno para construção da Vila João XXIII;
– Doação de terreno para construção dos centros de comunidade de Canafistula, Palmeira de Fora e ampliação do confênere da Vila Maria;
– Colocação de 2 abrigos para passageiros nos povoados;
– Concessão do salário mínimo a todos os funcionários municipais;
– Colocação de 2 abrigos para passageiros nos povoados de Coruripe da Cal e Lagoa do Caldeirão.


Palmeira dos Índios, .................
JOTA DUARTE MARQUES
Prefeito

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Sobre o blog

Iniciou-se no Jornalismo como redator do Diário de Pernambuco. Foi editor do Diário da Borborema (PB) e do Jornal de Alagoas. Exerceu os cargos de secretário de Comunicação da Prefeitura de Maceió e do Estado de Alagoas.

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