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Violência, ameaça, misoginia: Episódio lamentável na câmara municipal de Campo Alegre reflete a política alagoana

Por Redação 24/03/2023 17h05
Violência, ameaça, misoginia:  Episódio lamentável na câmara municipal de Campo Alegre reflete a política alagoana
Vereadores de Campo Alegre. - Foto: Reprodução/print de vídeo

A violência na câmara de vereadores de Campo Alegre, divulgada esta semana em primeira mão pelo Jornal de Alagoas, escancara de forma lamentável umas das principais faces da política de Alagoas: a do crime de honra e a da misoginia.

Na sessão ordinária da última quarta-feira (22), a câmara campo-alegrense, nada teve de alegre, mas tornou-se sim, um campo-minado.

Quem pisasse fora do lugar, podia se dar mal.

É que a vereadora Valdilene Simplício (PP) acusou o colega Vânio Souza (PTB) de vandalismo e aversão ao sexo feminino - misoginia. Segundo ela, em plena sessão, Vanio teria ameaçado a parlamentar verbalmente, bateu em seu birô a punhos fechados várias vezes e, apontando os dedos para a parlamentar, afirmou que ela "iria se lascar".

Pra que isso vereador? De que forma a colega vai se lascar? A ofensa, ameaça, quebra de decoro, se existiu, deve ser apurada com rigor.

A vereadora não contou história e fez o B.O de ocorrência. De acordo com a parlamentar, o vereador sempre sai impune de casos como esse, o que deixou uma curiosidade no ar, se o caso já teria acontecido com ela ou com outras mulheres e parlamentares. Mas sigamos.

Um áudio que circula nas redes sociais, atribuídos a Vânio Souza e posteriormente confirmado pelo JAL que era mesmo sua voz, dava conta de que o marido de Valdilene, conhecido como Gustavo Barão, teria invadindo a Câmara e, na frente de outros vereadores, pego o “adversário” de sua esposa pela beca, apontado uma arma para seu rosto e dito: “se você falar da minha mulher, você vai pra pistola”.

Tudo isso dentro da Casa do Povo. O vereador que viu o cano da pistola abriu B.O e recorreu à Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público e curiosamente ao deputado Antônio Albuquerque.

O caso ganhou não só a Justiça, como também as redes sociais e esperamos que o campo minado que se tornou a política de Campo Alegre não a acabe de um jeito triste.

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