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Eleição para a prefeitura de Maceió deverá ser polarizada entre direita e extrema direita

Em primeira pesquisa realizada oficialmente sobre as eleições municipais, nomes apontados são da base de Arthur Lira

07/03/2023 14h02 - Atualizado em 07/03/2023 15h03
Eleição para a prefeitura de Maceió deverá ser polarizada entre direita e extrema direita
Prefeitura de Maceió - Foto: Secom Maceió

Em pesquisa realizada pelo Instituto Inapi sobre o pleito de 2024 para a prefeitura de Maceió, realizada entre o final de fevereiro e o início de março, é possível observar que todos os candidatos apontados para eleição tem uma coisa em comum: são de direita ou extrema direita. 

São eles: JHC, atual prefeito e partidário de Bolsonaro no PL. Alfredo Gaspar, atual deputado federal pelo União Brasil e ex-promotor de Justiça da capital, Davi Davino Filho, ex-deputado estadual e cotado para assumir uma secretaria de JHC, e o delegado Fábio Costa, filiado ao Progressistas de Arthur Lira e fiel defensor das causas armamentistas. 

O que gera uma inquietação: Maceió não tem candidatos à esquerda para disputar a gestão municipal?  O PT, partido que possui representantes alagoanos nas Câmara Federal, na Assembleia Legislativa e na Câmara Municipal, já confirmou aliança com MDB dos Calheiros para tentar derrotar o favorito JHC na eleição para a prefeitura. 

Os concorrentes mais fortes, de acordo com o levantamento, são todos da base aliada do prefeito ou do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira – ou seja, fazem oposição ao grupo do governador Paulo Dantas.

O atual prefeito de Maceió aparece com 47% das intenções de votos no voto na questão estimulada. Considerando os votos válidos ele venceria já no primeiro turno.  O deputado federal Alfredo Gaspar aparece em segundo lugar, com 13% das intenções de voto. Em situação de empate técnico, o terceiro lugar é disputado pelo ex-deputado estadual Davi Davino Filho e pelo deputado federal delegado Fábio Costa.

De acordo com a imprensa local, um grupo de empresários locais que estão se organizando para eleger, ou tentar, nos próximos anos, novos candidatos de "direita", que comunguem dos ideais desse empresariado e que os representem na gestão municipal, mas ainda não foram divulgados possíveis nomes dessa nova frente. 

Mais à esquerda do PT está o PSOL, que disputou as últimas eleições para o Senado e para governador com nomes como o de Mário Agra e o professor Cícero Albuquerque, respectivamente. Este último teve até votação expressiva, mas muito pequena diante de um cenário estadual. Quando concorreu para o senado, em 2018, Cícero conseguiu mais de 55 mil votos. Será que a esquerda alagoana se mobiliza em torno de um nome que não seja do PT e não se alie aos Calheiros, por exemplo. O tempo dirá. 

Por enquanto, pelo o que pode se observar, a população não tem para onde ir, pois se correr o bicho pega e se ficar o bicho come.
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