O que sobrou do céu de Brasília após os ataques de terroristas de extrema-direita ao centro da democracia nacional? Essa pergunta pode demorar a ser respondida. Mas muitos cientistas políticos, historiadores e jornalistas já especulam quais os impactos a tentativa forçada de golpe podem acarretar para a política nacional. 

A extrema-direita sai enfraquecida, uma vez que os atos no Congresso Nacional foram rechaçados pela opinião pública e pelas forças políticas brasileira, mesmo as de direita. Até mesmo Bolsonaro condenou os ataques e abandonou à própria sorte seus radicais e fanáticos apoiadores. Não quis, o ex-presidente, tomar para si um capital político tão perigoso como são os extremistas que não aceitam de forma alguma o resultado das eleições. 

A quem serve a destruição dos símbolos da democracia? De objetos de arte de valor incalculáveis? A quem serve o avanço destrutivo contra a Suprema Corte? Desavenças ideológicas, opiniões divergentes e diferenças de pensamento não dão o direito, nem nada dá, para extremistas derrotados tentarem com uma democracia já fragilizada.  

Para o vencedor do pleito, Lula, a imagem de estadista ao descer a rampa abraçado com todos os governadores dos estados brasileiros fica mais fortalecida. Conciliador sim, mas um firme defensor do estado democrático de direito. Mesmo quando esse estado voltou-se contra ele próprio. Lula soube utilizar as imagens e os arranjos políticos para sair maior dos ataques dos que não aceitam um metalúrgico nordestino comandar o país, de novo. 

Aos alagoanos que são grandes personagens da política nacional, um aceno de paz. Pela democracia, Renan Filho e Arthur Lira, ministro dos Transportes e presidente da Câmara dos Deputados respectivamente, garantiram uma trégua, mesmo que temporária. 

O tempo dirá quem é quem na política nacional. Mas esse mesmo tempo já dá indícios de quem ficará manchado nas páginas da história.