Em meio a conturbações internas, CSA tenta fazer planejamento para 2023
Na retrospectiva do ano, o clube foi vice-campeão estadual, eliminado nas quartas de final da Copa do Nordeste e na terceira fase da Copa do Brasil e foi 17° colocado na série B

Após três acessos seguidos chegando a disputar a principal divisão do campeonato brasileiro em 2019 e duas quintas colocações em 2020 e 2021, o CSA versão 2022 decepcionou e caiu para a série C.
Na retrospectiva do ano, o clube foi vice-campeão estadual, eliminado nas quartas de final da Copa do Nordeste e na terceira fase da Copa do Brasil e foi 17° colocado na série B.
Em comum nas competições foi o rendimento irregular da equipe montada pelo até então técnico Mozart Santos que deixou o CSA após a derrota para o Tombense, na 12ª rodada do Brasileiro.
Em seguida vieram os técnicos Alberto Valentim, Roberto Fernandes e Adriano Rodrigues, sendo este último da comissão técnica permanente e efetivado para o projeto da temporada 2023.
A direção azulina vai ter muito trabalho para a montagem do elenco. O presidente Omar Coelho traz a mácula de ter o CSA sido rebaixado no seu primeiro ano de mandato, e as intrigas internas foram apontadas como uma das principais causas do fiasco azulino.
Além de uma equipe não tão competitiva neste ano, os reforços durante a janela de transferências no mês de julho e apontados como a salvação da lavoura quando o CSA já estava na zona da degola, não renderam e o time não conseguiu evoluir conforme era esperado.
Foi uma das equipes que mais empatou na série B, sendo 15 no total. Teve apenas nove vitórias na competição nacional e 14 derrotas.
A torcida não abandonou o time em nenhum momento. Acreditou até o fim, mas a falta de um planejamento adequado anterior já dava sinais de que a luta contra o rebaixamento seria o campeonato à parte do CSA em 2022.
Informações dão conta acerca de uma dívida milionária do clube, além do atraso na entrega do novo centro de treinamento localizado no Benedito Bentes.
A diretoria parece estar mais perdida de que quando começou. E enquanto adversários da série C se reforçam na montagem do elenco, CSA ainda não anunciou nenhum jogador.
Aguarda o fechamento de negociações com os que tem contrato e segue em busca de alguns nomes para compor o elenco juntamente com jogadores da base e os que irão permanecer.
É válido lembrar que o que começa errado tende a terminar errado. Foi assim e 2022. É torcer para que as coisas mudem de direção no CSA a fim de evitar que mais um retrocesso venha a acontecer.
Agradecimento
Aqui encerro a minha participação na Coluna Azulão na Real agradecendo a oportunidade ao Jornal de Alagoas, em especial ao jornalista e editor Vinicius Rocha e aos leitores azulinos.
Um ano de 2023 com muitas conquistas para todos nós! Obrigado e que assim seja!

Nicollas Albuquerque é graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas, pós graduado em Educação, Engenharia e Direito do Trânsito e em Políticas e Gestão de Segurança Pública. Já trabalhou na Assessoria de Comunicação da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), Assessoria de Comunicação da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Maceió (SMTT/Maceió), realizou e realiza trabalhos independentes na área de comunicação como colaborador. É um entusiasta do bom futebol e acompanha o CSA desde criança, chegando até jogar pelo clube do coração na infância.
A Coluna Azulão na Real vai analisar, sempre de forma crítica, os desempenhos, jogos, eventos e as informações que circundem o Centro Sportivo Alagoano. Uma das maiores torcidas de Alagoas tem aqui um espaço para chamar de seu e fica um convite ao diálogo, debate e interação, sempre de forma respeitosa, com o objetivo de discutirmos tudo que envolve o maior clube de Alagoas.