Matemática é dura para o CSA, mas time não vem ajudando também
A vitória fora de casa contra o Vila Nova/GO e o empate jogando bem com o Cruzeiro/MG reascendeu novamente a esperança do CSA em deixar a zona de rebaixamento e lutar por voos mais altos na série B 2022. Mas, após a derrota para o Criciúma/SC por 2x1, o sinal de alerta reapareceu e com um certo ar de desespero para muitos torcedores.
O clube estacionou nos 20 pontos, está na 17ª colocação e viu os times acima na tabela se distanciarem ainda mais do Z-4. Precisa de mais 25 pontos dos ainda 54 a serem disputados nas 18 rodadas que faltam até o fim da competição. Nada impossível. Porém, diante do atual cenário...
É bem verdade que a expulsão logo no primeiro tempo de jogo do zagueiro azulino Wellington, após um chute fora do lance no atacante Lohan mostra o quanto a parte psicológica está incomodando a equipe. Foi um lance temerário e totalmente desnecessário que prejudicou muito as pretensões do Azulão quando ganhava por 1x0.
O jogo se desenhava para mais um tento fora de casa e a expulsão quebrou o esquema tático montado pelo técnico Alberto Valentim. As substituições não surtiram efeito e a diretoria precisa rever a real situação de permanência de outros jogadores que ainda estão no elenco. De fato não vêm rendendo já há muito tempo.
É necessário contratar atletas de qualidade para oferecer opções à altura nas substituições. Um zagueiro com boa saída de bola e controle emocional e mais dois meias velozes e que cheguem na área é/seria essencial.
As últimas contratações
Até o momento, o CSA contratou os atacantes Jonh Mercado e Rogério que aos poucos vêm tendo oportunidades de entrar no decorrer do jogo, mas que ainda não fizeram a diferença dentro das quatro linhas. Falta entrosamento e ritmo de jogo. O volante Ferreira também foi recém-contratado, porém nem foi relacionado para a partida contra o Criciúma. O meia argentino Canteros também já foi apresentado e sua última partida aconteceu em junho no campeonato argentino pelo Platense. Vai precisar ganhar ritmo. O centroavante Élton veio do Cuiabá e também precisará treinar para daqui a duas partidas (pelo menos) poder estrear. Já o goleiro Paulo Ricardo vindo do Paysandu/PA chegou para ser a terceira opção na posição. Ainda vieram os laterais Jonathan (ex-Bahia) e Éverton Silva (ex-Confiança) e o meia Lucas Lourenço (do Santos).
A pergunta é: esses jogadores darão conta de uma evolução do time? Serão eles os responsáveis por uma virada de chave no campeonato? Ou o CSA precisará se reforçar ainda mais e contar com a sorte dos que já estão no atual elenco jogarem o restante da competição com qualidade e ganhar a maioria dos jogos para escapar do rebaixamento? A segunda opção parece ser a mais sensata e ao mesmo tempo a mais difícil de ser concretizada. O próximo desafio é no sábado (30) quando o CSA recebe o Ituano no Rei Pelé, às 20h30.
Nicollas Albuquerque é graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas, pós graduado em Educação, Engenharia e Direito do Trânsito e em Políticas e Gestão de Segurança Pública. Já trabalhou na Assessoria de Comunicação da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), Assessoria de Comunicação da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Maceió (SMTT/Maceió), realizou e realiza trabalhos independentes na área de comunicação como colaborador. É um entusiasta do bom futebol e acompanha o CSA desde criança, chegando até jogar pelo clube do coração na infância.
A Coluna Azulão na Real vai analisar, sempre de forma crítica, os desempenhos, jogos, eventos e as informações que circundem o Centro Sportivo Alagoano. Uma das maiores torcidas de Alagoas tem aqui um espaço para chamar de seu e fica um convite ao diálogo, debate e interação, sempre de forma respeitosa, com o objetivo de discutirmos tudo que envolve o maior clube de Alagoas.


