“Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganha ou quem perder, vai ganhar ou perder, vai todo mundo perder. “

Chamar de clássico das multidões já é uma autoestima elevada, mas deveria mudar de nome, quem sabe clássico dos empates, jogo de compadres talvez

Por Igor Vieira/Coluna do Galo 02/06/2022 15h03 - Atualizado em 02/06/2022 16h04
“Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganha ou quem perder, vai ganhar ou perder, vai todo mundo perder. “
CSA e CRB fizeram partida com desempenho técnico abaixo do esperado - Foto: Francisco Cedrin/Ascom CRB

A expectativa era alta, os dois maiores times de Alagoas se enfrentando numa série B do campeonato brasileiro, jogadores renomados nas duas equipes, folha salarial alta. Mas o jogo não correspondeu: enfadonho, nível técnico baixo, poucas emoções e poucos destaques relevantes,  com os times mais preocupados em não perder do que ganhar e, quem sabe, entregar um bom espetáculo ao público alagoano.

A impressão que ficou é que o CRB e CSA poderiam jogar a noite toda e não sairia um gol, aliás não é exclusividade desse jogo, os últimos clássicos foram iguais. O CSA apresentou-se menos pior na primeira etapa, teve mais posse e controle das ações ofensivas, mas um lance - aquela chance clara de gol, não teve.  O Galo da Praia, por sua vez, voltou melhor no segundo tempo. Com a mudança do Longuine no lugar do Claudinei, chegou a incomodar a defesa azulina com Negueba pela direita e, de fora da área, o mesmo Longuine exigiu bela defesa goleio dos rivais. O galo sentiu a falta do Guilherme Romão, lateral esquerdo titular, o reserva Bryan mostrou que não tem nível de série B, foi o pior em campo, e olhe que para ser o pior em campo teve que se empenhar muito.

Clubismo a parte, a torcida do galo deu um show, antes, durante e depois do clássico. Antes porque compareceu em massa, durante porque incentivou e depois porque cobrou. Colunismo a parte, realmente acho que a torcida do adversário fará o mesmo, a sensação das duas torcidas foi que: pelo menos não perdeu, o que reflete o pensamento dos treinadores. 

Chamar de clássico das multidões já é uma auto estima elevada, mas deveria mudar de nome, quem sabe clássico dos empates, jogo de compadres talvez, nem todo solteiro x casados no final do ano é tão feio.

Coluna do Galo

Sou galo, sou alagoano, sou regatiano! Eu gosto é de vencer, mesmo que isso nem sempre, corneteiro sem nenhuma responsabilidade com a realidade. Uma vez me formei em Marketing e outra vez em legislação em trânsito, tripulante desse clube de regatas nas vitórias e derrotas. Observador e contador das alegrias e tristezas do galo praiano.

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A Coluna do Galo vai analisar, sempre de forma crítica, os desempenho, jogos, eventos e as informações que circundem o Clube de Regatas Brasil. Uma das maiores torcidas de Alagoas tem aqui um espaço para chamar de seu e fica um convite ao diálogo, debate e interação, sempre de forma respeitosa, afim de discutirmos tudo que envolve o maior clube de Alagoas.

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