Azulão na Real

A vontade era pra brigar na parte de cima da tabela, porém...

09/05/2022 08h08
A vontade era pra brigar na parte de cima da tabela, porém...
CSA e Vasco - Foto: Daniel Ramalho/Vasco Da Gama

Fala azulinos! Quando parecia que as coisas iriam melhorar...a vitória convicente diante do Sport Recife - a primeira e única até aqui no Campeonato Brasileiro da Série B - trouxe uma perspectiva positiva para a torcida. Mas o empate com o Criciúma em casa no meio da semana e a derrota para o Vasco no Rio de Janeiro no final de semana reacendeu o sinal de alerta no CSA.

E o que muitos torcedores devem está perguntando é como pode em um jogo o time jogar tão bem e outro aquém? A resposta não é tão óbvia assim. Cada um pode analisar de forma diferente. Mas (repito) umas das causas é a falta de treinamento. Sim! É isso mesmo. Não é o principal motivo, mas é um fator principalmente.

Afinal, como aprimorar jogadas e variações táticas sem treinar e melhorar uma das principais deficiência da equipe que é a finalização? CSA desperdiça chances claras de gol. Contra Criciúma e Vasco a situação se repetiu e o ataque careceu de mais tranquilidade para poder balançar as redes. A bola teima em não entrar e o ataque azulino em desperdiçar.

Sequência pesada


Desde a estreia no Campeonato Alagoano, em 20 de janeiro até o jogo de sábado (07) contra o Vasco, foram 31 partidas realizadas pelo Estadual, Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Série B e seletiva da Copa do Brasil. O Azulão teve 16 vitórias, 9 empates e somente 6 derrotas. Cerca de um jogo a cada três dias, contando muitas vezes entre uma e outra partida com viagens e reabilitação física com descanso devido ao jogo do dia anterior.

Soma-se a isto o conhecimento dos times adversários acerca do estilo de jogo do CSA. Com a tecnologia à disposição é muito mais fácil hoje em dia fazer um estudo da disposição tática e assim anular ou dificultar as principais jogadas. Se o técnico Mozart Santos tivesse um elenco nivelado poderia, claro, ter um maior equilíbrio nos jogos. Mas aí é quase impossível diante do alto custo para manter jogadores com bom padrão técnico.

Somente o tempo irá dizer como o trabalho da comissão, dirigentes e jogadores renderá bons ou maus frutos. Até aqui tem-se uma desclassificação no Campeonato Alagoano para o CRB na semifinal, outra diante do Sport nas quartas de final da Copa do Nordeste, uma goleada para o América/MG na terceira fase da Copa do Brasil e uma perigosa 15ª colocação na Série B.

Agora o CSA tem a obrigação de ganhar os dois jogos no Rei Pelé contra o Operário/PR e Novohorizontino e tentar beliscar pelo menos um empate entre essas partidas diante do Náutico em Recife.

Uma vitória para pelo menos se despedir da Copa do Brasil no jogo de volta contra o América/MG nesta terça-feira, 10, em Belo Horizonte, daria uma moral à equipe. O CSA que projeta estar na parte de cima da tabela para tentar o acesso, por enquanto é o CSA que briga para não ficar no Z-4 do Brasileiro.

Pesquise no blog
Sobre o blog

Nicollas Albuquerque é graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Alagoas, pós graduado em Educação, Engenharia e Direito do Trânsito e em Políticas e Gestão de Segurança Pública. Já trabalhou na Assessoria de Comunicação da Polícia Militar de Alagoas (PMAL), Assessoria de Comunicação da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Maceió (SMTT/Maceió), realizou e realiza trabalhos independentes na área de comunicação como colaborador. É um entusiasta do bom futebol e acompanha o CSA desde criança, chegando até jogar pelo clube do coração na infância.

A Coluna Azulão na Real vai analisar, sempre de forma crítica, os desempenhos, jogos, eventos e as informações que circundem o Centro Sportivo Alagoano. Uma das maiores torcidas de Alagoas tem aqui um espaço para chamar de seu e fica um convite ao diálogo, debate e interação, sempre de forma respeitosa, com o objetivo de discutirmos tudo que envolve o maior clube de Alagoas.

Arquivo