A bem da verdade é que poucos regatianos acreditavam na classificação diante do Ceará, jogando na casa do adversário com um elenco de Série A, somados com o baixo desempenho do galo nos últimos jogos, pois bem, o modo Marcelo Cabo de jogar futebol funcionou! Ajudado pela falta de inspiração do time cearense, que plantou um coqueiro na área do Galo e abusou das bolas aéreas, facilitou bastante o trabalho da zaga regatiana, que por sua vez também não ofereceu quase nenhum perigo ofensivo, no segundo tempo não tivemos sequer um arremate ao gol adversário. A estratégia de levar o jogo aos pênaltis foi alcançada, mesmo com o CRB perdendo as duas primeiras cobranças com Maicon e Anselmo. A estrela do goleiro Diogo Silva brilhou mais uma vez, sem dúvida nenhuma o principal responsável de levar o Galo às semis do Nordestão.

O que sobrou contra o Ceará faltou contra o Sport. O time entrou em campo apático e desatento, o Sport só precisou de sete minutos para praticamente decidir a partida, abriu o marcador aos 14 min do primeiro tempo e fez o segundo aos 21. Parraguez anotou os dois gols e com dois a zero no placar, o jogo mudou de configuração. O Galo até tentou e chegou a ensaiar uma reação, com as mudanças no intervalo, entraram Diego Torres, Maicon e Negueba, o time melhorou e foi para cima, criou boas chances e chegou ao gol com Anselmo Ramon aos 30 minutos, mas foi só. Marcelo Cabo ainda foi expulso, por reclamar (e com razão) dos gandulas que sumiram com as bolas, o Sport freou a reação do CRB com Juba que acertou um chutaço de fora da área, 3 a 1 e final de papo, o Sport fez a sua melhor partida na competição.

A campanha na Copa do Nordeste foi boa mas, acabou. Agora é voltar as atenções para o clássico, valendo vaga para o final do Alagoano 2022, que já tem as datas definidas para dia 6 e 9 de abril. O Galo precisa manter um equilíbrio, defender como fez contra o Ceará nos 90 minutos e atacar como fez contra o Sport no segundo tempo. O modo Marcelo Cabo de jogar não vai funcionar todos os jogos.

Coluna do Galo

Sou galo, sou alagoano, sou regatiano! Eu gosto é de vencer, mesmo que isso nem sempre, corneteiro sem nenhuma responsabilidade com a realidade. Uma vez me formei em Marketing e outra vez em legislação em trânsito, tripulante desse clube de regatas nas vitórias e derrotas. Observador e contador das alegrias e tristezas do galo praiano.