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Escolha de nova presidente da CCJ é criticada por políticos

Alguns voltaram a cogitar a expulsão da deputada Bia Kicis

Por UOL 03/02/2021 16h04

A indicação da deputada Bia Kicis (PSL-DF) para presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara deixou atônitos não só os adversários, mas também os aliados de Arthur Lira (Progressistas-AL), o novo presidente da Casa.

A resistência ao nome da parlamentar é enorme no entorno de Lira e muitos deputados tentam reverter a escolha

Não são poucos os que acham que é um absurdo colocar no comando da comissão encarregada de julgar a constitucionalidade dos projetos alguém que defende torturadores, apoia atos antidemocráticos e ofende ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Bia Kicis também é investigada pelo STF no inquérito que apura a divulgação de fake news

O acordo que selou a escolha da deputada para presidir a comissão envolve a indicação do presidente do PSL, o deputado pernambucano Luciano Bivar, para a primeira secretaria da Câmara

Mesmo pesselistas, no entanto, não gostaram da indicação de Kicis. A ala que não é afinada ao bolsonarismo deve resistir

Alguns voltaram a cogitar a expulsão da deputada. Como a indicação para a presidência da CCJ é do partido, se ela sair do PSL não poderá ocupar o cargo. Essa hipótese, porém, já foi levantada em outros momentos de discordância, não prosperou e agora seria ainda mais remota

Integrantes de outros partidos que apoiaram a eleição de Arthur Lira também não aceitam a escolha. A saída mais viável discutida pelos descontentes, caso a indicação de Kicis para a CCJ seja confirmada, é a rejeição do nome dela pelos integrantes da comissão, que têm que referendar a escolha

O Jornalista Reinaldo Azevedo postou em seu twitter sua indiginação com a escolhas. "Bia Kicis (PSL-DF) no comando da Comissão de Constituição e Justiça é como entregar um berçário aos cuidados de Herodes. É provocação barata de Jair Bolsonaro ao STF por intermédio de Lira. A tal é investigada no inquérito das fake news aberto pelo tribunal. Defendeu abertamente intervenção militar contra o Supremo, além de praticar um negacionismo asqueroso no caso da Covid", escreveu o colunista da UOL. 

 

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