GEOGRAFIA DA VIDA - MARCELO AMORIM

O sistema político e a realidade atual

07/10/2014 10h10

Neste 5 de outubro nos vemos com os “novos” representantes políticos, responsáveis pelos projetos e ações para a educação, saúde, segurança, economia, arte e cultura, a vida em sociedade pelos próximos quatro anos. A espera pela definição do quadro dos escolhidos pelos mais de 130 milhões de eleitores brasileiros, entre estes aproximadamente 2 milhões de alagoanos, deve ir até 26 de outubro, data do segundo turno das eleições. Mas, os eleitos devem representar as milhões de pessoas que saíram às ruas em junho de 2013, para reivindicarem melhorias dos serviços públicos, fim da corrupção e principalmente mudança, renovação no cenário eleitoral?

Em Alagoas, nos vemos diante dos mesmos nomes e sobrenomes, de “pai para filho”, grupos agindo da mesma forma, candidatos “fazem de conta”, que prestam  desserviço ao social e se comercializam como mercadorias de gosto duvidoso e bastante prejudical a todos. O eleitor que sequer dispõe do conhecimento básico do próprio valor e se “ilude”, acovarda e vende o voto. Acredito que somente a tão ansiada reforma politica, vinda do povo, é que de fato poderá fornecer o caminho e as normas para estas transformações fundamentais ao desenvolvimento da vida em sociedade mais equilibrada, justa, igualitária socialmente e em harmonia com a natureza.

Para o bem de todos, acredito, chega às portas do congresso nacional as mais de 7,7 milhões de assinaturas de brasileiros, que solicitam Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. Mais de 400 entidade sociais por todo o Brasil estão envolvidas na coleta das assinaturas, para cumprir o que determina a atual constituição e fazer valer a realização da vontade expressa pelo povo. (Quem quiser aprofundar mai neste assunto, basta fazer uma pesquisa pela Internet).

O atual quadro de eleitos com suas "cartas na manga", cedidas por nós eleitores, "o poder do povo", penso que pouco ou nada deve contribuir em direção a uma reforma política, que cumpra ao serviço da sociedade civil organizada, da associação de bairro, de classe, à representação social. Os "novos" eleitos, em sua ampla maioria, representam os que estão no poder há décadas. Somente o atual grupo na gestão do poder executivo federal, o governo federal, segue no comando do país há 12 anos. Também prometeram reformas até então não cumpridas.

Com a mobilização popular, seja através da coleta de assinaturas para o plebiscito, da conversa e da cobrança aos deputados eleitos para a realização desta ação, acredito que vamos avançar na direção que a maioria da população quer com respeito às diferenças e a união dos valores e potenciais de todo o povo brasileiro.

Para reforçar, lembremos que o deputado estadual, federal, o senador, o governador e o presidente estão à serviço do povo, estão servidores, pagos, mantidos e fortalecidos pelo dinheiro gerado com o trabalho de todos os brasileiros. Fica piegas, fora do contexto, popularmente dizendo, "puxa saco" ficar diante de um político como se este fosse alguém superior, todo-poderoso e principalmente com valores morais exemplares. Na condição de humanos, somos todos iguais e portanto com os mesmos valores – ou pelo menos imagino que todos buscamos bem-estar social. Uns destacam-se mais outros menos, mas todos assegurados ao respeito, à fraternidade, à paz e à justiça social.

 

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