A 42ª edição da Expo Bacia Leiteira, encerrada neste domingo (14), no Parque Mair Amaral, em Batalha/AL, reafirmou sua importância como a maior vitrine da pecuária leiteira de Alagoas e do Nordeste. Durante cinco dias, o evento reuniu o melhor dos rebanhos da região, com participação de animais da elite genética e da agricultura familiar, destacando a força produtiva dos municípios da Bacia Leiteira.

Em destaque estiveram as raças Girolando e Holandês, reconhecidas pela adaptação ao clima e pelo desempenho na produção de leite. Os animais marcaram presença nos torneios leiteiros, nas baias de exposição e nos julgamentos de raças, cada vez mais competitivos, evidenciando a evolução técnica e o aprimoramento dos criadores locais.

“O crescimento da Expo Bacia Leiteira é reflexo direto do trabalho integrado de produtores, cooperativas e do governo. Cada edição comprova que a pecuária leiteira de Alagoas é capaz de crescer de forma sustentável e competitiva, gerando riqueza e oportunidades para o estado”, afirmou Domício Silva, presidente da Associação dos Cria dores de Alagoas (ACA).

O evento movimentou R$ 15 milhões em negócios, superando expectativas e consolidando-se como espaço essencial para integração da cadeia produtiva.

A grande final do Torneio Leiteiro da Agricultura Familiar, realizada no sábado (13), reuniu três cooperativas e registrou a marca recorde de 101 kg de leite por dia. A competição deste ano também contou com a maior premiação dos últimos tempos, totalizando R$ 62 mil distribuídos entre os primeiros colocados. Os vencedores foram reconhecidos nas categorias vaca adulta e novilha, além de prêmios especiais como Tratador Campeão, Mulher Vaqueira e Vaqueiro Mirim. Entre os destaques, Claudevan Alves repetiu o título de melhor tratador; Pedro Henrique conquistou o primeiro lugar com a novilha Algodão; e a Cooperativa Capelinha garantiu premiações em duas categorias.

Segundo o prefeito de Batalha, Wagney Dantas, a Expo Bacia Leiteira 2025 deixa um legado de integração, inovação e valorização da agricultura familiar, consolidando-se de vez no calendário do agronegócio alagoano.

“Mais do que negócios e genética, o evento reafirma sua missão de ser espaço estratégico e democrático para a cadeia do leite, reunindo governo, produtores, cooperativas, indústrias e pesquisadores em torno de soluções, e sobretudo projeta do crescimento”, afirmou Wagney.

O governador de Alagoas, Paulo Dantas, participou do evento e lançou o Programa Leite do Coração e o Programa de Aquisição de Alimentos, que beneficiarão cerca de 35 mil estudantes com oferta de leite in natura e leite em pó. “Segundo dados do IBGE, a produção leiteira em Alagoas cresceu 33%, com a Bacia Leiteira contribuindo diretamente para esse resultado. Alagoas já esteve na terceira colocação em produtividade nacional, e isso muito se deve a essa produção concentrada na Bacia Leiteira. A missão é fortalecer e gerar ainda mais rentabilidade e produtividade”, disse Paulo.

Durante a Exposição , participaram órgãos como Seagri, Emater e Embrapa, além do IFAL Batalha, que trouxe soluções criativas e inovadoras para as demandas de produção no semiárido.

“O IFAL Batalha tem contribuído diretamente para desenvolver soluções inovadoras e práticas que atendem às necessidades do setor leiteiro local, promovendo conhecimento aplicado e tecnologias adaptadas ao semiárido”, destacou professor Magno Abreu, diretor do IFAL Batalha.

No sábado (13), o evento recebeu o tradicional Café do Cooperativismo, organizado pela Unicafes Alagoas, reunindo cerca de 15 cooperativas da agricultura familiar para debater as principais demandas do setor.

“A centralidade do evento dentro da exposição está em dar voz às pautas da agricultura familiar. O cooperativismo tem sido essencial para a organização e gestão da atividade leiteira, garantindo crédito, assistência, investimento em genética e representando uma parte importante da produção de leite no estado”, destacou Antonino Cardozo, presidente da Coopaiba e diretor da Unicafes Alagoas.

Nesta edição, o evento contou com três pavilhões temáticos: o Pavilhão do Agroempreendedor, o Pavilhão das Indústrias de Laticínios e Shopping de Animais e o Pavilhão do Artesanato. O Parque Mair Amaral também abrigou cooperativas, indústrias, empresas de máquinas, implementos agrícolas, equipamentos, veículos do agronegócio e sindicatos, proporcionando ampla visibilidade e oportunidades de negócios para todos os segmentos da cadeia produtiva.